O grupo varejista St Marche planeja protocolar seu plano de recuperação extrajudicial em abril, antes do término do prazo de 60 dias concedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, período em que as execuções e vencimentos antecipados das dívidas estão suspensos.
De acordo com informações do Pipeline, do jornal Valor Econômico, a varejista busca o apoio de pelo menos um terço de seus credores para reestruturar exclusivamente sua dívida com credores financeiros, que soma aproximadamente R$ 640 milhões. Esse montante inclui passivos da empresa operacional Hortus, que administra a rede de supermercados, e da holding STM Participações.
O St Marche, que tem entre seus ativos o Empório Santa Maria, enfrenta um passivo de R$ 639 milhões, dos quais R$ 200 milhões estão atrelados a Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). Para evitar execuções imediatas, o grupo obteve na Justiça a suspensão temporária do vencimento dessas obrigações, medida que expira dentro de dois meses.
St Marche busca empréstimo com BTG
O grupo varejista St Marche estaria ainda em negociações com o BTG (BPAC11), gestor do Fundo de Investimento de Direitos Creditórios Não-Padronizados Alternative Assets I, principal credor dos R$ 276 milhões devidos pela holding. O fundo investiu em debêntures garantidas pelas ações da holding e da Hortus, empresa operacional que controla a rede de supermercados, de acordo com a publicação.
Além disso, o St Marche também busca um acordo com o BTG e com o fundo L Catterton, que detém 70% da companhia, para viabilizar um empréstimo DIP (debtor-in-possession). Os recursos seriam utilizados para regularizar os pagamentos em atraso com fornecedores – que devem ficar fora da reestruturação da dívida – e recompor os estoques da empresa.
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