A Saraiva (SLED3; SLED4) informou o fechamento das lojas físicas que ainda mantinha em operação e a demissão “proporcional do quadro de colaboradores”, ressaltando que manterá suas operações em e-commerce.
A empresa está em recuperação judicial desde 2018, quando anunciou ao mercado uma dívida estimada em R$ 675 milhões. No segundo trimestre deste ano, apresentou um prejuízo líquido de R$ 16,1 milhões.
Segundo sites especializados no mercado editorial, a empresa dispensou cerca de 150 empregados que atuavam em sua sede administrativa, em São Paulo, e nas cinco lojas ainda em operação: duas na capital paulista, sendo uma na Praça da Sé, na região central, e outra no Shopping Aricanduva, na zona leste; e as demais em Santo André (SP), Jundiaí (SP) e Campo Grande (MS).
No balanço do 2TRI23, a receita líquida da operação online foi de R$ 128 mil, enquanto as lojas físicas tiveram receita de R$ 7,361 milhões. A dívida líquida havia apresentado forte recuo em relação ao mesmo período de 2022, caindo 85%, de R$ 163,833 milhões para R$ 24,620 milhões, devido à securitização de um débito com o Banco do Brasil (BBAS3). A empresa, porém, reportou caixa praticamente zerado: R$ 98 mil, além de R$ 145 mil em recebíveis.
A Saraiva (SLED3; SLED4) também informou nesta que recebeu o pedido de renúncia de mais um membro do Conselho de Administração, Marcos Guedes Pereira, o segundo nesta semana a pedir afastamento do órgão.