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Por que o Magazine Luiza está atraindo tantos investidores?

Por que o Magazine Luiza está atraindo tantos investidores?

O Magazine Luiza, rede varejista de administração familiar, foi fundado em 1957 em franca, interior de São Paulo.

De lá pra cá, a Companhia desenvolveu um intenso processo de expansão pelo país, seja criando novas filiais ou adquirindo outras redes de varejistas locais.

Em 1991, Luiza Trajano assume um novo ciclo de gestão na Companhia e entre uma série de mudanças, inaugura, em 1992, uma das primeiras lojas virtuais no Brasil.

Atualmente a Companhia é comandada por seu filho, Frederico Trajano.

Em 2011, o Magazine Luiza fez seu IPO (oferta pública inicial) na Bolsa e a partir de então suas ações passaram a ser negociadas no mercado secundário da B3.

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Mas o que não se imaginaria é que as ações da varejistas viriam a ter um dos desempenhos mais impressionantes da história da Bolsa no Brasil.

O papel, que no final de 2015 era cotado em torno de 1 real, chegou a valer 230 reais em julho deste ano (antes do desdobramento). Ou seja, quem investiu 1.000 reais nas ações  em dezembro de 2015 teria em julho de 2019, 23 milhões de reais.

Se for analisar o desempenho das ações somente para esse ano, o resultado também não deixa a desejar. Em 2019 os papéis da varejista já valorizaram 98%.

Como se isso não fosse suficiente, as expectativas são ainda mais otimistas junto aos agente do mercado financeiro.

O banco de investimentos Goldman Sachs, divulgou em relatório na última terça-feira (19) sua recomendação de compra para as ações da Magalu. Além disso, o banco se mostrou otimista ao definir o preço-alvo das ações em 55 reais para os próximos 12 meses. Isso corresponderia a uma valorização de 23% em relação ao fechamento de ontem (19).

Os números não só impressionam na valorização dos papéis como também nos resultados financeiros da Companhia.

Resultados do último trimestre de 2019

A Magalu teve um crescimento exponencial no último trimestre. Entre os resultados financeiros apresentados, os destaques ficam por conta dos seguintes:

  • Marketplace cresceu 300%, representando 26% do e-commerce total
  • E-commerce cresceu 96%, atingindo R$3,3 bilhões e 48% das vendas totais
  • Vendas nas lojas físicas evoluíram 19% no total (9% mesmas lojas)
  • Vendas totais aumentaram 47%, alcançando R$6,8 bilhões
  • EBITDA ajustado de R$301 milhões, margem de 6,2%
  • Lucro líquido ajustado atingiu R$136 milhões, margem de 2,8%
  • Posição de caixa líquido de R$0,6 bilhão em set/19

Com esse números, o desempenho da Magalu continua sendo positivo e superior aos trimestres anteriores.

Como se isso não fosse suficiente, analistas do mercado financeiro acreditam que até 2025 o comércio eletrônico irá triplicar.

Com isso, não vai faltar espaço para a Companhia crescer ainda mais, a fim de atender a novas demandas do mercado.

Follow-on da Magazine Luiza

E para sustentar todo esse crescimento, a Companhia realizou no dia 8 de novembro deste ano um follow on de suas ações.

Para quem não sabe, follow on corresponde a uma nova oferta de ações de uma empresa no mercado primário. Sendo que o resultado vai direto para o caixa da empresa.

Então, com a nova emissão de ações, a Magalu conseguiu levantar em torno de 4,7 bilhões de reais, cujos recursos serão destinados a investimentos em ativos de longo prazo.

De forma específica, a Companhia declarou que os recursos serão distribuídos entre as seguintes áreas:

  • expansão da plataforma de marketplace
  • Investimentos em tecnologia, inovação, pesquisa e desenvolvimento
  • Automação dos centros de distribuição
  • Iniciativas em serviços digitais
  • Expansão de novas categorias
  • Abertura de novas lojas
  • Transformação das lojas existentes em mini-centros de distribuição
  • Aquisições estratégicas

Nesse contexto é possível concluir que as perspectivas são promissoras.

Contudo, para se manter em crescimento, a Companhia depende de uma série de eventos que venham a contribuir para isso.

Entre eles podemos citar: o crescimento econômico e a redução da inflação e do desemprego. Estes indicadores atuam diretamente no aumento do poder de compra da população, aumentando então, as vendas no varejo.