Durante um evento realizado pela PwC em São Paulo na última terça-feira (24), a presidente do conselho de administração da Magazine Luiza (MGLU3), Luiza Helena Trajano, afirmou que a empresa estaria “apanhando muito na Bolsa” porque “sempre acreditou em loja física”.
Segundo analistas, a repercussão negativa das falas de Trajano teriam levado a uma queda nas ações da Magalu.
O papel da Magazine Luiza (MGLU3) sofreu um tombo 6,62%, a R$ 1,41, apesar do alívio na curva dos juros futuros (DIs).
Em cinco sessões, a ação caiu 15% e chegou a ficar a R$ 0,40 de virar uma “penny stock“, ou seja, um papel que negocia abaixo do R$ 1.
Levando em consideração a recente queda dos papéis, o valor de mercado da gigante do varejo caiu 94% em menos de três anos. De novembro de 2020 para outubro de 2023, o valor de mercado da empresa passou de R$ 178 bilhões para R$ 9,72 bilhões.
Falas de Trajano sobre a Magazine Luiza
Luiza Trajano afirmou que a Magalu conseguiu crescer consideravelmente nos últimos anos, com apoio das lojas físicas junto ao braço digital, e quando não cresceu conseguiu consolidar a expansão.
“O Magazine cresceu em crise e, quando a gente não cresce, a gente solidifica o crescimento. Crescemos muito nesses três, quatro anos, mais do que eu poderia até pensar, que a gente chegaria a faturar R$ 60 bilhões”, disse a empresária.
Trajano também mencionou os momentos de dificuldade econômica que o País enfrentou. “Entra crise, sai crise, e o importante é sobreviver. Aprendi muito mais em crises”, falou a presidente do conselho.
A executiva ainda disse que a fraude financeira, e consequente crise, da Americanas (AMER3) foi “muito ruim” para o setor, mas que o episódio fez com que a Magazine Luiza aprimorasse os procedimentos de auditoria interna.