A chairman do Magalu (MGLU3), Luiza Helena Trajano, sobrinha dos fundadores da rede de lojas fundada em Franca (SP), em 1957, deixou a lista de bilionários da Revista Forbes.
Isso porque ela perdeu US$ 226 milhões de sua fortuna pessoal, proveniente das ações da varejista, que estão em “queda livre” após a empresa reportar que seu prejuízo líquido do primeiro trimestre de 2023 (1TRI23) subiu 143%, para R$ 391 milhões.
Vale lembrar que no primeiro trimestre de 2022 a varejista havia reportado prejuízo de R$ 161,3 milhões.
O balanço dos três primeiros meses deste ano foi divulgado na última semana e apontou que a receita líquida avançou 3,5% no período, para R$ 9 bilhões contra os R$ 8,7 bilhões do primeiro trimestre de 2022.
Enquanto isso, a receita bruta subiu 6,9% no período, para R$ 11,3 bilhões contra os R$ 10,5 bilhões do primeiro trimestre de 2022.
O relatório aponta, ainda, que o lucro bruto ficou estável em R$ 2,4 bilhões, mas a margem bruta recuou 0,5 p.p.
O Ebitda, por sua vez, caiu 4,5% no período, para 324,1 milhões contra os R$ 339,5 milhões do primeiro trimestre de 2022.

Magalu (MGLU3), Luiza Helena Trajano
A lista da Forbes ranqueia os bilionários e é divulgada anualmente. Trata-se de um mapeamento das pessoas mais ricas do mundo, com base no patrimônio líquido total, auferido em dólares.
Em relação à Luiza Helena, ela havia acabado de retornar à lista, mas sua permanência durou pouco. Até então, seu patrimônio estava estimado em US$ 1,1 bilhão, e a movimentação acompanhava a curva de alta das ações do Magalu iniciada em 27 de abril e que resultou na expansão de mais de 40% no valor dos papéis.
Por volta das 16h35 de hoje a ação MGLU3 recuava 0,59%, cotada em R$ 3,36. O ativo reporta alta de 6,67% no período de seis meses, e queda de 9,68% no período de um ano.
Levantamento da Forbes aponta que a fortuna de Trajano, atualmente, esteja em US$ 900 milhões, ou R$ 4,5 bilhões.
Para além da companhia
Luiza Helena é uma pessoa pública não apenas por ter sido a CEO do Magalu por muito tempo e, assim, estampar inúmeras matérias que cobrem o setor de varejo.
Ela é conhecida por ser grandemente assediada por agentes políticos que já a chamaram para compor chapa de candidaturas à presidência, bem como sair candidata em cargos eletivos na esfera federal e até estadual.
Entretanto, ela sempre manteve um certo distanciamento das eleições, embora não da política, e costuma contribuir com os governos por meio de sua opinião, sempre embasada, acerca da economia do país, bem como de questões tributárias.
Vale destacar que a família Trajano, em especial o atual CEO do Magalu, Frederido Trajano, puxou o coro do empresariado paulista contra empresas estrangeiras de marketplace que chegam no Brasil e operam em condições menos duras do que as impostas aos empreendedores nacionais.
Já Luiza Helena participa, atualmente, do Conselhão de Lula, grupo formado por empresários e demais pessoas com conhecimento de causa que, de alguma maneira, formulam ideias para o bem econômico do país.
Ela também é uma defensora atuante do direito das mulheres, principalmente no mercado de trabalho, iniciativa que, no Brasil, demanda muita disposição.
Vida profissional
Por ser sobrinha dos fundadores, que nunca tiveram filhos biológicos, Luiza Helena tem sua vida intimamente ligada à loja, pois frequentava o comércio dos tios desde os 12 anos, quando muitas vezes deixava de sair em férias escolares para ficar na cidade do interior paulista e trabalhar.
Seis anos depois, já aos 18 anos, ingressou na empresa formalmente, e passou por inúmeros setores da companhia, incluindo o balcão, em função de atendimento direto aos clientes da casa.
Em funções mais estratégicas, percorreu da cobrança à gerência, das vendas à direção comercial. Desde 1991, quando se tornou superintendente, ascendeu para cargos mais elevados até chegar à presidência, posição ocupada por ela em 2008.
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