A Klabin (KLBN11) registrou um lucro líquido de R$ 543 milhões no quarto trimestre de 2024 (4TRI24), um crescimento de 47% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado do ano, no entanto, o lucro líquido foi de R$ 2,047 bilhões, refletindo uma queda de 28% em comparação a 2023.
A receita líquida da companhia no 4TRI24 foi de R$ 5,268 bilhões, um avanço de 17% na comparação anual. Já no consolidado do ano, a receita totalizou R$ 19,645 bilhões, uma alta de 9%.
O EBITDA ajustado do trimestre foi de R$ 1,823 bilhão, crescimento de 8%, enquanto no ano o indicador alcançou R$ 7,333 bilhões, um aumento de 16%.
Entre os principais destaques do período, a Klabin reportou um incremento de 6% no volume de vendas, impulsionado pelo ramp-up das máquinas MP27 e MP28. A alavancagem permaneceu em 3,9 vezes, dentro dos parâmetros da companhia, enquanto o custo caixa ficou em R$ 3.173 por tonelada, em linha com as projeções.
A empresa também avançou em sua estratégia de investimentos, desembolsando R$ 3,3 bilhões ao longo do ano, conforme o guidance previsto. Em fevereiro de 2025, a Klabin recebeu a primeira parcela de aproximadamente R$ 800 milhões referente à parceria florestal do Projeto Plateau.
A política de proventos da companhia resultou na distribuição de R$ 1,5 bilhão aos acionistas em 2024, representando um dividend yield de 6,2%, um aumento de 0,4 ponto percentual em relação a 2023.
Veja abaixo os principais indicadores do balanço da Klabin:
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Klabin: Estratégia foca na eficiência operacional e disciplina financeira
A administração da Klabin destacou que o quarto trimestre consolidou um ano de entregas sólidas em todos os negócios e avanço na fase de “colheita” dos investimentos feitos nos últimos anos.
“A receita líquida cresceu 17% na comparação anual, e o EBITDA ajustado, excluindo efeitos não recorrentes, foi 13% maior, totalizando R$ 1,8 bilhão“, informou a companhia.
No segmento de celulose, a demanda permaneceu estável em mercados como tissue, papéis especiais, cartões e embalagens, enquanto os papéis gráficos tiveram um desempenho mais fraco. Os preços da celulose seguiram em queda no mundo, principalmente na Europa e nos EUA, mas a celulose fluff manteve estabilidade em volume e preço.
No mercado de papéis, o papel-cartão apresentou crescimento de 3% no volume de vendas, mesmo com a parada de manutenção na unidade de Monte Alegre-PR. O kraftliner teve um avanço expressivo, com aumento de 50% nas exportações e alta de 26% no preço médio, levando a um crescimento de 74% na receita do segmento.
Já no setor de embalagens, o volume de expedição de papelão ondulado da Klabin cresceu 9,3% no 4TRI24, superando a média do mercado, segundo dados da Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel). A companhia atribui esse crescimento à forte demanda nos setores de alimentos industrializados, frutas e e-commerce.
O volume de vendas de sacos industriais também cresceu 25% no trimestre, impulsionado pelo aumento do consumo de cimento no Brasil e pela demanda externa.
Em termos de eficiência, a companhia destacou que, apesar da inflação nos custos de serviços e logística, o custo florestal foi reduzido por conta das sinergias do Projeto Caetê e do maior volume de vendas.
“O custo caixa total por tonelada, incluindo efeitos das paradas gerais de manutenção, ficou dentro do guidance, totalizando R$ 3.173/t“, reforçou a empresa.
A Klabin encerrou 2024 dentro de seus parâmetros de endividamento, com alavancagem de 3,9 vezes, medida pela relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado. Além disso, a companhia avançou em sua agenda ESG, sendo incluída, pelo quinto ano consecutivo, no índice Dow Jones de Sustentabilidade e retornando à carteira de mercados emergentes.
A empresa também teve novas metas SBTi aprovadas, comprometendo-se a reduzir em 42% suas emissões de gases de efeito estufa até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2050.
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