O Grupo Casas Bahia (BHIA3) anunciou que o Juízo da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo homologou o Plano de Recuperação Extrajudicial (PRE) apresentado pela empresa.
Isso significa que o plano que eles apresentaram para pagar suas dívidas foi aceito e agora é oficial.
A Casas Bahia têm um cronograma para pagar suas dívidas, que inclui um período de 24 meses sem ter que pagar juros e 30 meses sem ter que pagar o principal da dívida. O total do tempo para pagar tudo é de 78 meses, ou seja, cerca de 6,5 anos. Eles vão pagar juros de CDI + 1,0% a 1,5%, o que deve ajudar a empresa a lidar melhor com suas dívidas.
Como parte do plano, o Grupo Casas Bahia vai emitir mais debêntures, que são uma forma de dívida, para substituir as dívidas antigas. Isso será feito de acordo com os termos e prazos estabelecidos no plano.
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Entenda o pedido de recuperação extrajudicial da Casas Bahia
No dia 28 de abril, o Grupo Casas Bahia anunciou o pedido de recuperação extrajudicial. A companhia possui mais de R$ 4,1 bilhões em dívidas.
A companhia está negociando com um grupo de credores. Se algum deles não concordar com o plano, eles terão que ir ao tribunal para que o plano seja aprovado.
Além disso, o Grupo Casas Bahia está tentando renegociar suas dívidas com o Bradesco (BBDC4) e o Banco do Brasil (BBAS3), entre outros. Esses bancos representam 54,5% do dinheiro que o Grupo Casas Bahia deve.
A empresa da família Klein espera que o plano reduza o montante que ele tem que pagar em dívidas em R$ 4,3 bilhões nos próximos 4 anos, sendo R$ 1,5 bilhão já em 2024.
A Casas Bahia está negociando através da emissão de debêntures e Cédulas de Crédito Bancário (CCBs). Com isso, a companhia irá transformar as dívidas em três séries:
- Série 1: soma R$ 1,5 bilhão (37% das dívidas). Será paga com taxa CDI + 1,5%. Eles terão 24 meses sem ter que pagar juros e 30 meses sem ter que pagar o principal da dívida. Depois disso, os pagamentos serão feitos a cada seis meses. A maior parte será paga em novembro de 2029.
- Série 2: os credores parceiros poderão converter esse valor em ações se mantiverem as mesmas regras para operações que não entrem na recuperação extrajudicial.
- Série 3: os credores não parceiros poderão receber o pagamento até 2030 com CDI + 1,0% ao ano.
As séries 2 e 3 somam R$ 2,6 bilhões, o equivalente a 63% das dívidas.
Um dos principais objetivos do pedido é estender o tempo para pagar as dívidas. O novo prazo para pagamento será de 72 meses, em vez de 22 meses. Isso reduzirá o custo médio da dívida com os credores em 1,5 ponto percentual. Em relação ao custo, caiu de CDI +2,7% para CDI + 1,2%.
No chamado “reperfilamento”, há uma mudança no cronograma de pagamentos das dívidas. Até 2027, o dinheiro que eles têm que pagar caiu de R$ 4,8 bilhões para menos de R$ 500 milhões. O grupo planeja pagar a maior parte das dívidas depois de 2029.
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