Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Negócios
Notícias
Justiça homologa pedido recuperação extrajudicial do Grupo Casas Bahia (BHIA3)

Justiça homologa pedido recuperação extrajudicial do Grupo Casas Bahia (BHIA3)

O Grupo Casas Bahia (BHIA3) anunciou que o Juízo da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo homologou o Plano de Recuperação Extrajudicial (PRE) apresentado pela empresa. 

Isso significa que o plano que eles apresentaram para pagar suas dívidas foi aceito e agora é oficial.

A Casas Bahia têm um cronograma para pagar suas dívidas, que inclui um período de 24 meses sem ter que pagar juros e 30 meses sem ter que pagar o principal da dívida. O total do tempo para pagar tudo é de 78 meses, ou seja, cerca de 6,5 anos. Eles vão pagar juros de CDI + 1,0% a 1,5%, o que deve ajudar a empresa a lidar melhor com suas dívidas.

Como parte do plano, o Grupo Casas Bahia vai emitir mais debêntures, que são uma forma de dívida, para substituir as dívidas antigas. Isso será feito de acordo com os termos e prazos estabelecidos no plano.

Entenda o pedido de recuperação extrajudicial da Casas Bahia

No dia 28 de abril, o Grupo Casas Bahia anunciou o pedido de recuperação extrajudicial. A companhia possui mais de R$ 4,1 bilhões em dívidas. 

Publicidade
Publicidade

A companhia está negociando com um grupo de credores. Se algum deles não concordar com o plano, eles terão que ir ao tribunal para que o plano seja aprovado. 

Além disso, o Grupo Casas Bahia está tentando renegociar suas dívidas com o Bradesco (BBDC4) e o Banco do Brasil (BBAS3), entre outros. Esses bancos representam 54,5% do dinheiro que o Grupo Casas Bahia deve.

A empresa da família Klein espera que o plano reduza o montante que ele tem que pagar em dívidas em R$ 4,3 bilhões nos próximos 4 anos, sendo R$ 1,5 bilhão já em 2024.

A Casas Bahia está negociando através da emissão de debêntures e Cédulas de Crédito Bancário (CCBs). Com isso, a companhia irá transformar as dívidas em três séries:

  • Série 1: soma R$ 1,5 bilhão (37% das dívidas). Será paga com taxa CDI + 1,5%. Eles terão 24 meses sem ter que pagar juros e 30 meses sem ter que pagar o principal da dívida. Depois disso, os pagamentos serão feitos a cada seis meses. A maior parte será paga em novembro de 2029.
  • Série 2: os credores parceiros poderão converter esse valor em ações se mantiverem as mesmas regras para operações que não entrem na recuperação extrajudicial.
  • Série 3: os credores não parceiros poderão receber o pagamento até 2030 com CDI + 1,0% ao ano.

As séries 2 e 3 somam R$ 2,6 bilhões, o equivalente a 63% das dívidas.

Um dos principais objetivos do pedido é estender o tempo para pagar as dívidas. O novo prazo para pagamento será de 72 meses, em vez de 22 meses. Isso reduzirá o custo médio da dívida com os credores em 1,5 ponto percentual. Em relação ao custo, caiu de CDI +2,7% para CDI + 1,2%.

No chamado “reperfilamento”, há uma mudança no cronograma de pagamentos das dívidas. Até 2027, o dinheiro que eles têm que pagar caiu de R$ 4,8 bilhões para menos de R$ 500 milhões. O grupo planeja pagar a maior parte das dívidas depois de 2029.

Você leu sobre Grupo Casas Bahia. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e siga nosso canal no Whatsapp!