A marca de luxo Hermès está sendo processada por dois clientes na Califórnia, nos Estados Unidos, que foram impedidos de adquirir a bolsa Birkin pela própria marca, segundo o documento.
O processo contra a Hermès acusa a grife de vender as bolsas Birkin apenas a clientes que já gastaram mais dinheiro na loja em outros produtos.
Conheça a bolsa Birkin
A bolsa Birkin (ou “Birkin bag”, em inglês), lançada em 1984 com inspiração na cantora e modelo Jane Birkin, é sinônimo de exclusividade e luxo nos dias atuais. A peça tem um preço que varia de 10 mil dólares a mais de US$ 1 milhão e há uma lista de espera para poder adquiri-la.
Para comprar uma bolsa Birkin, não basta chegar na loja com dinheiro e comprar. O modelo é encomendado e, mesmo assim, a marca tem preferência por clientes mais antigos, a fim de manter a exclusividade da peça. A fila de espera pode levar anos.
A bolsa considerada a mais cara do mundo é uma Birkin Himalayan Crocodile, da Hermès, que custa entre US$ 200 mil e US$ 450 mil. Além disso, até o momento, a bolsa mais cara a ser vendida publicamente foi a Diamond Himalaya Birkin, cravejada de diamantes brancos, por US$ 450 mil.

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Entenda o processo contra a Hermès
Tina Cavalleri, uma das pessoas que entrou com a ação contra a marca, afirmou que gastou “milhares de dólares” na Hermès, mas que, em setembro de 2022, quando tentou comprar a bolsa, foi informada de que o modelo era vendido apenas para “clientes que haviam sido consistentes em apoiar” o negócio. Ela interpretou a resposta como uma pressão para comprar outros produtos da marca.
Mark Glinoga, que também entrou com o processo, alegou que tentou comprar a bolsa da Hermès diversas vezes ao longo de 2023, mas “foi informado, em todas elas, de que precisava adquirir outros produtos e acessórios”.
O processo alega que a empresa usa táticas que violam as leis norte-americanas, e os consumidores são “coagidos a comprar produtos adicionais pelo simples fato de desejarem comprar uma Birkin“. Com isso, os demandados inflam, na prática, o preço da bolsa e o lucro obtido com a peça, diz o documento.
Agora, Tina e Glinoga pedem à Justiça que impeça a Hermès de manter esse tipo de prática, além de uma indenização financeira pelo ocorrido.