O Google (GOOGL; GOOG34) anunciou na noite de quarta-feira (10) que realizou centenas de cortes em suas equipes de engenharia e produtos, afetando funcionários do Google Assistente, da divisão de hardware responsável pelo Pixel, Nest e Fitbit, e da equipe de realidade aumentada (AR). As demissões visam reduzir despesas e realinhar o novo negócio principal da big tech: a inteligência artificial (IA).
Os funcionários afetados receberam um aviso de corte explicando que suas funções foram eliminadas, perdendo automaticamente o acesso corporativo. O Google confirmou as demissões ao The New York Times, mas não divulgou o número exato de cortes.
“Estamos investindo de forma responsável nas maiores prioridades da nossa empresa e nas oportunidades significativas que temos pela frente. Algumas equipes continuam a fazer esse tipo de mudanças organizacionais, que incluem algumas eliminações de funções em todo o mundo”, afirmou o Google em comunicado.
O Sindicato dos Trabalhadores da Alphabet, que representa mais de 1,4 mil trabalhadores da empresa-mãe do Google, descreveu as demissões como “desnecessárias”, afirmando que “nossos membros e colegas de equipe trabalham duro todos os dias para criar ótimos produtos para nossos usuários, e a empresa não pode continuar a demitir nossos colegas de trabalho enquanto ganha bilhões a cada trimestre.”
O Google vem enxugando seus gastos desde 2022 e, junto com a Meta e a Amazon, foi uma das big techs que mais demitiu em 2023. Em janeiro do ano passado, a companhia cortou 6% de sua força de trabalho, o equivalente a 12 mil pessoas, em um dos maiores cortes em massa que a empresa já fez.
As demissões no Google são parte de uma tendência maior de cortes no setor de tecnologia. Diversas empresas, incluindo a Amazon e a Unity, desenvolvedora de software de jogos, também realizaram demissões significativas recentemente. A Amazon cortou ao menos 500 funcionários de seu serviço de streaming Twitch, enquanto a Unity mandou para casa 1.800 funcionários.
No pregão de quinta-feira (11), as ações da Alphabet na Nasdaq iniciaram com um expressivo aumento de 1,75%. No entanto, ao longo do dia, perderam impulso e atualmente estão operando em queda.