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Chinesa Evergrande é proibida de emitir novos títulos de dívida

Chinesa Evergrande é proibida de emitir novos títulos de dívida

O grupo China Evergrande informou no domingo (24) que foi proibido de emitir novos títulos de dívida. O anúncio aumenta a incerteza sobre os esforços para reestruturar a dívida offshore da ex-gigante do setor imobiliário chinês. 

A companhia tem lutado para pagar dívidas, cumprir contratos com fornecedores e até entregar novos imóveis. Um congelamento prolongado do mercado de dívida poderia minar a proposta de reestruturação do grupo para a sua dívida em moeda estrangeira.

A proposta, divulgada em março, prevê a rolagem da dívida existente em títulos com vencimentos de até 12 anos, bem como a troca de dívida por ações de empresas do grupo. 

A Evergrande divulgou, em documento, que “não é capaz de atender às qualificações para a emissão de novas notas nas atuais circunstâncias”. A interrupção se dá devido a uma investigação do regulador de valores mobiliários da China sobre sua principal subsidiária, Hengda Real Estate Group. 

Os detentores de títulos da empresa e potenciais investidores da empresa são aconselhados a ter cautela ao negociar com os títulos da empresa”, comunicou.

O anúncio da empresa vem poucos dias depois de o grupo ter dito que estava adiando as reuniões com credores, originalmente agendadas para 25 a 26 de setembro. Em agosto, os encontros já haviam sido adiados.

Em agosto, a Hengda Real Estate comunicou que estava sendo investigada pela Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China por uma possível violação das regras de divulgação de informações.

Entenda a situação da Evergrande

O grupo entrou com pedido de proteção contra falência, conhecido como “Capítulo 15” nos Estados Unidos, em 17 de agosto. O recurso visa proteger empresas não norte-americanas de ações judiciais enquanto se reestruturam em falências transfronteiriças.

Ao anunciar o último adiamento, em 22 de setembro, o grupo Evergrande disse que as vendas ficaram abaixo das expectativas desde março.

Com base na situação atual e nas consultas aos seus consultores e credores, a empresa considera necessário reavaliar os termos da reestruturação proposta para ir ao encontro da situação objetiva e dos propósitos dos credores”, anunciou.

A Evergrande foi responsável pelo pontapé da crise que atravessa o setor na China desde 2021, quando anunciou que não conseguiria pagar suas dívidas de 2,4 trilhões de yuans (cerca de R$ 1,7 trilhão), um valor equivalente a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) chinês.

As ações da incorporadora chinesa chegaram a cair cerca de 87% na retomada da negociação de seus papéis na bolsa de valores de Hong Kong. A Evergrande perdeu aproximadamente US$ 2,4 bilhões em valor de mercado na ocasião.