Warren Buffett, o lendário CEO da Berkshire Hathaway (BRK; $BERK34), não vai subir ao palco durante a reunião anual de acionistas da empresa em 2026. A notícia foi confirmada por Becky Quick, da CNBC, e marca uma virada simbólica na história da companhia. Embora continue presente no evento, Buffett deixará os holofotes para seu sucessor, Greg Abel.
Conhecida como o “Woodstock do Capitalismo”, a reunião anual da Berkshire atrai investidores do mundo todo para Omaha, Nebraska. A partir do próximo ano, Abel — que liderou por anos a divisão de energia da empresa — será o responsável por responder às perguntas dos acionistas, papel tradicionalmente exercido por Buffett ao lado de seu parceiro de longa data, Charlie Munger.
A sucessão da Berkshire Hathaway se concretiza
A transição já havia sido antecipada no início de maio, quando Buffett anunciou durante a reunião de 2025 que deixaria o cargo de CEO no final do ano. Segundo a CNBC, o conselho da Berkshire votou para manter Buffett como presidente do conselho após sua saída da função executiva, o que garante a continuidade de sua influência estratégica.
Greg Abel não é um nome novo para os acionistas mais atentos. Desde 2021 ele foi oficialmente apontado como o herdeiro da operação e, ao longo dos anos, acumulou prestígio dentro da estrutura complexa da Berkshire Hathaway. Seu perfil discreto, mas tecnicamente sólido, é visto como ideal para manter o espírito da empresa sem depender do carisma singular de Buffett.
Presença garantida, mas fora do palco
Apesar de não falar no palco, Buffett estará presente na plateia, ao lado de outros membros do conselho da Berkshire. O simples fato de comparecer sinaliza que, mesmo após passar o bastão, ele continua como uma figura central para os acionistas e para a cultura corporativa da empresa.
A CNBC também manterá a transmissão exclusiva da reunião, como tem feito nos últimos anos, permitindo que investidores acompanhem cada detalhe do evento mesmo à distância.
O legado continua
A ausência de Buffett no palco não representa um adeus definitivo, mas sim um novo capítulo na trajetória da Berkshire Hathaway. A empresa, que detém quase US$ 350 bilhões em caixa e um portfólio diversificado, entra em uma fase de transição planejada, conduzida com cautela e continuidade.
A reunião de 2026 será mais do que uma assembleia de acionistas — será a consolidação pública da nova liderança, com Abel assumindo um papel de protagonista diante dos investidores. Para Buffett, que comandou a Berkshire por décadas, é a passagem de um legado construído com paciência, visão e disciplina.
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