A ISA Energia ($ISAE4) reportou lucro líquido ajustado de R$ 256 milhões no segundo trimestre de 2025 (2TRI25), uma retração de 39,9% em relação ao mesmo período de 2024. O resultado foi pressionado por efeitos não recorrentes relacionados à RBSE (Rede Básica de Sistema Existente), maior depreciação com entrada de ativos e aumento das despesas financeiras.
A receita líquida consolidada somou R$ 1,029 bilhão, queda de 7,5% na comparação anual. No entanto, a receita operacional ex-RBSE — que exclui componentes regulatórios — teve alta de 44,9%, totalizando R$ 722,8 milhões, impulsionada pelo reajuste da RAP (Receita Anual Permitida), energização de ativos como o projeto Água Vermelha e novos projetos de reforço e melhoria (R&M).
O EBITDA foi de R$ 187 milhões, recuo de 7,2% sobre o 2TRI24. Já o índice PMSO/receita líquida, que mede os gastos operacionais da companhia, caiu de 38% para 30%, demonstrando ganhos de eficiência.
Investimentos e avanço da RAP reforçam estratégia de longo prazo
No trimestre, a ISA Energia intensificou os investimentos em sua expansão, com destaque para os projetos greenfield Água Vermelha, Riacho Grande, Piraquê, Jacarandá, Itatiaia e Serra Dourada. A RAP consolidada dos projetos em execução é de R$ 1,02 bilhão, com um CAPEX remanescente de cerca de R$ 7,3 bilhões.
O investimento total no 2TRI25 foi de R$ 722,8 milhões, um salto de 141% sobre o mesmo trimestre de 2024, impulsionado principalmente pela evolução das obras e energização de sete projetos relevantes.
Apesar da redução na receita da RBSE, a decisão final da ANEEL sobre o componente financeiro encerrou incertezas regulatórias e assegurou à companhia o recebimento de R$ 3,8 bilhões entre 2025 e 2033, com metodologia de pagamento revisada e nova atualização do WACC.
Endividamento avança com disciplina financeira
A alavancagem da companhia subiu para 3,43 vezes a relação dívida líquida/EBITDA, refletindo o financiamento da expansão. A dívida líquida somava R$ 12,8 bilhões ao final de junho, com custo médio de 13,3% ao ano (IPCA + 7,6%) e prazo médio de 7,6 anos.
O perfil de amortização da dívida está bem distribuído, com maior concentração entre 2028 e 2033, período em que parte relevante dos investimentos estará em operação e gerando receita.
Administração destaca resiliência e foco em crescimento sustentável
A ISA Energia reafirmou seu modelo de negócios resiliente, com receitas previsíveis e protegidas pela inflação. A empresa ressaltou que o trimestre foi marcado por avanços regulatórios relevantes, que reforçam a execução do plano estratégico e garantem visibilidade para a geração de caixa futura.
“Nosso foco segue na execução disciplinada dos projetos e na gestão ativa do portfólio, mesmo diante de um cenário macroeconômico mais exigente”, afirmou a companhia. A administração também destacou a entrada no terceiro ano consecutivo no ISE B3, e o avanço de 17 posições no ranking, como reflexo de sua governança e responsabilidade socioambiental.
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O lucro líquido ajustado da ISA Energia foi de R$ 256 milhões, uma queda de 39,9% em relação ao 2TRI24.
A receita líquida consolidada caiu 7,5%, mas a receita operacional ex-RBSE subiu 44,9%, totalizando R$ 722,8 milhões.
O EBITDA recuou 7,2% no comparativo anual, encerrando o trimestre em R$ 187 milhões.
A ISA Energia investiu R$ 722,8 milhões no trimestre, com foco em projetos greenfield como Água Vermelha e Jacarandá.
A empresa reforçou sua resiliência e foco na execução disciplinada de projetos, destacando avanços regulatórios e seu compromisso com a sustentabilidade.