A Ambev ($ABEV3) registrou um lucro líquido ajustado de R$ 2,832 bilhões no segundo trimestre de 2025 (2TRI25), alta de 15,2% em comparação aos R$ 2,459 bilhões obtidos no mesmo período do ano passado. O avanço foi sustentado por um crescimento do EBITDA e pela redução das despesas com imposto de renda.
A receita líquida totalizou R$ 20,090 bilhões, apresentando leve alta de 0,2% na comparação anual. Em termos orgânicos, que excluem variações cambiais e efeitos de escopo, o crescimento foi mais expressivo, de 3,4%.
O desempenho foi impulsionado principalmente pelo aumento de 8,4% na receita por hectolitro (ROL/hl), embora o volume consolidado de vendas tenha caído 4,5% no período.
O EBITDA ajustado alcançou R$ 6,153 bilhões, o que representa uma expansão de 7,6% em termos orgânicos e de 5,9% na comparação nominal com o 2TRI24.
A margem EBITDA ajustada subiu 110 pontos-base, atingindo 30,6%, resultado da eficaz gestão de receita e controle de custos, mesmo diante da pressão cambial e do aumento nos preços de commodities.
Balanço do 2TRI25 da Ambev: setores mostram desempenho misto
A unidade Cerveja Brasil teve queda de 8,9% em volume e recuo de 3,5% na receita líquida, reflexo de temperaturas mais baixas e menor consumo nas regiões Sul e Sudeste. Ainda assim, o EBITDA do segmento cresceu 2,7%, com expansão de margem de 190 pontos-base, graças à redução de despesas logísticas e administrativas.
Em contrapartida, a operação de refrigerantes (NAB Brasil) apresentou aumento de 6,7% na receita líquida e estabilidade no volume. Marcas como Guaraná Antarctica Zero e Pepsi Black lideraram o crescimento, com alta de mais de 35% e 55%, respectivamente. No entanto, o aumento dos custos pressionou as margens.
No mercado internacional, o desempenho foi positivo. A América Latina Sul (LAS) se destacou com crescimento de 23,3% na receita líquida e de 42,8% no EBITDA ajustado, impulsionada pela recuperação da demanda na Argentina e bom desempenho na Bolívia. O Canadá também mostrou resiliência, com crescimento de 2,9% na receita e 4,4% no EBITDA ajustado, superando o desempenho da indústria local.
Mensagem da administração: resiliência e estratégia mantida
A administração da Ambev destacou que os resultados do 2TRI25 refletem a execução disciplinada de sua estratégia de crescimento, mesmo diante de um ambiente de consumo mais desafiador e de condições climáticas adversas.
“A força das nossas marcas e a execução consistente da nossa estratégia impulsionaram o crescimento de um dígito alto do EBITDA Ajustado com expansão de margem”, afirmou Carlos Lisboa, CEO da companhia.
A empresa segue apostando em três pilares estratégicos: fortalecimento das marcas, digitalização do ecossistema e disciplina na gestão de custos e receitas. O BEES Marketplace cresceu na casa dos 90% no trimestre, enquanto o Zé Delivery teve aumento de 7% no valor bruto de mercadorias (GMV), com crescimento expressivo da Stella Pure Gold e das cervejas sem álcool.
“Ao entrarmos no segundo semestre, nossa gestão de receita e disciplina financeira nos deixam bem posicionados para enfrentar os ventos contrários de câmbio e commodities”, reforçou a companhia.
Com base nessa confiança, o Conselho de Administração aprovou a distribuição de R$ 2 bilhões em dividendos intermediários, a serem pagos em outubro.
A Ambev registrou um lucro líquido ajustado de R$ 2,83 bilhões no 2TRI25, representando uma alta de 15,2% em relação ao mesmo período de 2024. O resultado foi impulsionado pelo crescimento do EBITDA e pela menor despesa com imposto de renda.
Sim. A receita líquida atingiu R$ 20,09 bilhões, com leve alta de 0,2% no comparativo anual. Em termos orgânicos, o crescimento foi mais significativo, de 3,4%, impulsionado principalmente pelo aumento de 8,4% na receita por hectolitro (ROL/hl).
O EBITDA ajustado totalizou R$ 6,15 bilhões, com avanço de 5,9% nominal e 7,6% em base orgânica. A margem EBITDA ajustada subiu 110 pontos-base, chegando a 30,6%, refletindo uma gestão eficiente de receita e custos.
No Brasil, o segmento de refrigerantes (NAB) teve bom desempenho, com alta de 6,7% na receita líquida. Já no exterior, América Latina Sul e Canadá se destacaram, com forte crescimento de volume e EBITDA. O portfólio premium e sem álcool também impulsionou os resultados.
A empresa ressaltou sua capacidade de resiliência em meio a um cenário desafiador, destacando a força das marcas, a digitalização do ecossistema e o foco na gestão de receita. “A execução consistente da nossa estratégia impulsionou o crescimento do EBITDA com expansão de margem”, afirmou o CEO Carlos Lisboa.