O BTG Pactual (BPAC11) reportou lucro líquido ajustado recorde ao atingir a marca de R$ 4,54 bilhões no terceiro trimestre de 2025 (3TRI25), alta de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita total registrou R$ 8,82 bilhões, crescimento de 37% na base anual, impulsionada pelo avanço de todas as linhas de negócio.
O retorno ajustado sobre o patrimônio líquido (ROAE) foi de 28,1%, acima dos 27,1% do trimestre anterior, enquanto o índice de eficiência caiu para 34,1%, o menor da história do banco. O índice de Basileia encerrou o período em 15,5%, e o patrimônio líquido somou R$ 65,6 bilhões.
“Encerramos mais um trimestre com resultados recordes, superando o forte desempenho anterior e registrando retorno de 28,1%. Essa performance reafirma a solidez do nosso modelo de negócios, a eficiência da execução e a resiliência das nossas plataformas”, afirmou o CEO Roberto Sallouti.
Segundo o executivo, o crescimento contínuo reflete “a dedicação dos times, a confiança dos clientes e parceiros e a diversificação dos negócios — elementos fundamentais para a consistência dos resultados do BTG Pactual ao longo dos ciclos econômicos”.
Balanço 3TRI25 do BTG Pactual: expansão em todas as frentes
O Corporate Lending & Business Banking teve receita recorde de R$ 2,15 bilhões, alta de 26% em 12 meses, sustentada pela expansão da carteira de crédito, que chegou a R$ 247 bilhões — crescimento de 17%. A carteira de pequenas e médias empresas (PMEs) somou R$ 29 bilhões.
Em Sales & Trading, a receita também foi recorde, de R$ 1,94 bilhão, alta de 16% na comparação anual, com aumento da atividade de clientes e novas linhas de negócio.
No Wealth Management & Personal Banking, a receita atingiu R$ 1,37 bilhão, avanço de 35,7% em relação a 2024, com forte captação líquida de R$ 49,2 bilhões e R$ 1,14 trilhão em ativos sob gestão (WuM).
A divisão de Asset Management teve resultado recorde, com receita de R$ 747,5 milhões (+23,3% a/a), reflexo da expansão do AuM/AuA, que alcançou R$ 1,15 trilhão, impulsionado por R$ 33,5 bilhões em novas captações.
O Investment Banking registrou receita de R$ 643 milhões, crescimento de 69% na comparação anual, com destaque para operações recordes em DCM e forte atuação em fusões e aquisições (M&A).
“Nossas franquias de clientes continuam em forte expansão, com as áreas de Wealth Management, Asset Management e Corporate Lending registrando receitas recordes. Além disso, Sales & Trading também alcançou um novo recorde após um segundo trimestre já bastante forte”, destacou Sallouti.
Custos sob controle e eficiência recorde
As despesas operacionais totalizaram R$ 3,37 bilhões, avanço de 3,2% no trimestre e 30% em 12 meses, mas o banco reforçou o ganho de produtividade, com o índice de eficiência ajustado em 34,1%, o menor patamar já registrado.
Os gastos com bônus somaram R$ 966 milhões, enquanto as despesas com salários e benefícios chegaram a R$ 792 milhões.
BTG amplia papel em finanças sustentáveis
No trimestre, o BTG reforçou sua atuação em finanças sustentáveis. O banco foi coordenador da emissão de US$ 750 milhões em blue bonds da Aegea Saneamento, a maior operação corporativa do tipo no mundo.
Também firmou parceria estratégica com o IFC para mobilizar até US$ 1 bilhão em investimentos até 2028, com foco em sustentabilidade, bioeconomia da Amazônia e infraestrutura.
Além disso, foi selecionado no leilão Eco Invest, comprometendo R$ 4,9 bilhões para iniciativas de agricultura regenerativa, e passou a gerir o Fundo de Descarbonização do Espírito Santo, com aporte inicial de R$ 500 milhões.
“Essas iniciativas reforçam nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e com soluções escaláveis em toda a região”, afirmou a administração do BTG.
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