A Brookfield contratou o Bradesco BBI e o BTG Pactual para intermediar a venda dos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista, marcando sua saída dos últimos ativos de varejo no Brasil, conforme informou o Brazil Journal. A gigante do setor imobiliário visa arrecadar até R$ 3 bilhões com a transação.
O Pátio Higienópolis, localizado em uma área com poucas opções para novos shoppings, deve ser vendido com um prêmio. Em contrapartida, o Pátio Paulista deverá ter um cap rate mais próximo ao do shopping RioSul.
Interesse do mercado no Pátio Higienópolis e Paulista
Os shoppings têm despertado o interesse de vários investidores, incluindo empresas de capital aberto e fundos imobiliários. Ambos os ativos estão apresentando um bom desempenho e ainda têm potencial para melhorias operacionais, especialmente o Pátio Paulista.
“São shoppings que são hoje ‘cachorros sem dono’”, afirmou uma fonte para o Brazil Journal. “Quando passam a ter um dono, com alinhamento de interesse e foco, há uma grande possibilidade de maximizar o mix de lojas e aumentar as vendas.”
Ainda de acordo com fontes próximas às negociações, Allos, Iguatemi, Ancar Ivanhoe e o FII XP Malls estão entre os interessados na compra dos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista e devem apresentar propostas na próxima semana.
As ofertas serão indicativas e estarão sujeitas a uma due diligence, um procedimento de investigação e análise destinado a avaliar os riscos e implicações para os interessados na transação.
Dado o alto valor do investimento, é provável que se forme um consórcio envolvendo uma empresa listada e um ou mais fundos imobiliários, os quais precisariam realizar follow-ons para obter os recursos necessários.
Além disso, os atuais sócios da Brookfield nos ativos terão direito de preferência, o que pode impactar a dinâmica das ofertas. Uma fonte destacou que “nessa transação, o melhor comprador não será necessariamente aquele que oferecer o maior preço, mas sim o que tiver a melhor relação com os fundos e os direitos de preferência.”
Considerando os interesses das partes envolvidas, um desfecho eficiente seria a Iguatemi adquirindo o Higienópolis, já que a empresa já possui uma participação e administra o shopping, e a Allos ficando com o Pátio Paulista.
A Ancar Ivanhoe, que administra o Pátio Paulista, apesar de não ser acionista, tem incentivos para adquirir o ativo para manter sua administração. A Allos também considera o Pátio Paulista como o ativo mais atraente, embora possa apresentar ofertas para ambos os shoppings, visando aumentar a competição e o valor das propostas.
No Pátio Paulista, a Brookfield detém 60% do shopping original e 44,2% da área de expansão, enquanto a Funcef possui 30% do ativo original e 22,1% da expansão. O restante das cotas está dividido entre quatro famílias.
Saída da Brookfield
A venda dos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista representa a saída definitiva da Brookfield do setor de varejo no Brasil. A empresa já havia vendido sua participação no RioSul para o Iguatemi este ano, no Shopping Leblon para a Allos em 2021, e no Madureira Shopping para o fundo imobiliário MALL11, também em 2021.
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