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Braskem reduz prejuízo para R$ 26 mi no 3TRI25, queda de 96% em um ano

Braskem reduz prejuízo para R$ 26 mi no 3TRI25, queda de 96% em um ano

EBITDA recorrente dobra para R$ 818 mi, mas receita recua 19% no comparativo anual

A Braskem (BRKM5) encerrou o terceiro trimestre de 2025 (3TRI25) com prejuízo líquido de R$ 26 milhões, uma redução de 96% em relação aos R$ 592 milhões negativos do 3TRI24.

A receita líquida somou R$ 17,3 bilhões, queda de 19% em 12 meses, enquanto o EBITDA recorrente dobrou, atingindo R$ 818 milhões (US$ 150 milhões).

O EBITDA recorrente caiu 66% na comparação anual, acompanhando a queda dos spreads internacionais de polietileno (–4%), polipropileno (–14%) e PVC (–13%).

A alavancagem financeira subiu para 14,76 vezes a dívida líquida ajustada sobre o EBITDA dos últimos 12 meses, ante 5,76x no 3TRI24, em função da menor geração de caixa e da variação cambial sobre a dívida em dólar.

O consumo operacional de caixa foi de R$ 334 milhões, impactado pelo cronograma de CAPEX e pelas paradas de manutenção programadas.

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Segundo a companhia, o desempenho reflete maior rentabilidade nas operações do Brasil, efeitos positivos do Programa de Resiliência e Transformação e gestão de custos mais eficiente, que compensaram parcialmente o ambiente global adverso, ainda marcado por spreads petroquímicos deprimidos e menor demanda internacional.

Além disso, a Braskem ressalta que a melhora do resultado reflete a retomada gradual de margens na América do Sul e iniciativas de otimização operacional.

Balanço 3TRI25 da Braskem: desempenho operacional

No segmento Brasil/América do Sul, o EBITDA recorrente foi de US$ 205 milhões, queda de 29% em um ano, com taxa média de utilização das centrais de 65%, influenciada pela parada no Rio de Janeiro e pela gestão de estoques.

Nas operações dos Estados Unidos e Europa, o EBITDA ficou negativo em US$ 15 milhões, revertendo lucro de US$ 37 milhões no 3TRI24, com margens ainda pressionadas.
No México, o EBITDA foi negativo em US$ 37 milhões, ante US$ 56 milhões positivos um ano antes, em razão da parada geral da Braskem Idesa e dos maiores custos de etano importado.

As vendas de polietileno verde caíram 8% na comparação anual, com retração da demanda na Ásia.

Avanços estratégicos e regulação

A companhia destacou avanços no Programa de Resiliência e Transformação, com foco em competitividade e defesa da indústria nacional. Entre as medidas, estão:

  • a aprovação do Projeto de Lei 892/25 (PRESIQ) na Câmara dos Deputados;
  • a aplicação de direitos antidumping provisórios sobre o polietileno importado;
  • e a manutenção da tarifa de importação de 20% sobre resinas até outubro de 2026.

Também foi aprovado pelo Conselho de Administração o Projeto Transforma Rio, com investimento de R$ 4,2 bilhões e previsão de conclusão até 2028. O projeto prevê expansão das capacidades de eteno e polietileno, com financiamento ainda em estruturação.

“Seguimos comprometidos com a disciplina financeira e com a execução do nosso programa de transformação, que é essencial para garantir competitividade e sustentabilidade à Braskem e ao setor químico brasileiro”, afirmou a administração no relatório.

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