Azul ($AZUL4) e Gol ($GOLL4) divulgaram um acordo de cooperação comercial que interligará suas malhas aéreas através de um arranjo conhecido como codeshare. Em outras palavras, as companhias compartilharão os seus voos.
A parceria abrange rotas domésticas exclusivas, isto é, operadas por uma das duas empresas, mas não pela outra.
O acordo também se estenderá aos programas de fidelidade das empresas, permitindo que os membros do Azul Fidelidade e do Smiles acumulem pontos ou milhas no programa de sua preferência ao adquirir os trechos inclusos no codeshare.
“Esse acordo vai trazer enormes benefícios para os nossos Clientes. Ambas as companhias têm uma história de desenvolvimento da aviação no Brasil, focadas na excelência no atendimento ao Cliente. Com a malha altamente conectada da Azul servindo a maioria das cidades no Brasil e a forte presença da GOL nos principais mercados brasileiros, nossas ofertas complementares vão trazer aos Clientes a mais ampla gama de opções de viagem“, disse Abhi Shah, presidente da Azul, em nota.
Os consumidores poderão aproveitar essa parceria comercial a partir do final de junho, quando a oferta estará disponível nos canais de vendas de ambas as empresas.
“A Gol e a Azul sempre estiveram comprometidas em expandir o mercado de aviação brasileiro. Este acordo de codeshare vai proporcionar aos Clientes acesso a ainda mais opções para viajar pelo nosso país. A GOL já oferece mais de 60 acordos comerciais diferentes com muitas companhias aéreas parceiras globais e estamos ansiosos para expandir esse benefício dentro do Brasil também“, disse Celso Ferrer, CEO da GOL, também em nota.
De acordo com as empresas, Azul e Gol realizam cerca de 1,5 mil decolagens diárias. O acordo criará mais de 2,7 mil oportunidades de viagens com apenas uma conexão.
Fusão entre Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4)
Este é mais um indicativo da possível fusão entre Azul e Gol. Em março, a Bloomberg informou que a Azul estava elaborando uma proposta de aquisição da Gol.
No mês seguinte, a mesma Bloomberg revelou que as negociações avançaram, onde a holding Abra Group contribuiria com suas ações da Gol para a Azul em troca de uma participação na companhia aérea combinada. A transação não comprometeria muito dinheiro da Azul, segundo uma fonte da agência de notícias.
A Abra manteria a propriedade total de sua participação na Avianca Holdings, também latino-americana.
Apesar das negociações entre as partes terem sido divulgadas pela Bloomberg, elas estariam sendo conduzidas de forma privada. Em mais de uma ocasião, tanto a Azul quanto a Gol já negaram a informação de uma possível fusão entre as partes.
Recuperação judicial da Gol nos EUA
A fusão entre a Azul e a Gol ocorre no contexto do pedido de recuperação judicial da Gol nos EUA. No final de janeiro, a companhia aérea fez um pedido voluntário do Chapter 11 no Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, com o objetivo de buscar um crédito de US$ 950 milhões em financiamento para apoiar os negócios da empresa lá.
O Chapter 11 é um processo legal dos Estados Unidos utilizado pelas empresas para levantar capital, reestruturar as finanças e fortalecer operações comerciais a longo prazo, enquanto continuam a operar normalmente.
Com o pedido de recuperação judicial nos EUA, a Gol foi retirada do índice Ibovespa e de todos os demais índices dos quais fazia parte, conforme informado pela B3 ($B3SA3).
Em 2024, as ações GOLL4 despencaram de R$ 8,35 no dia 2 de janeiro para R$ 1,26, valor dos papéis na última quinta-feira (23), uma queda de quase 85% em pouco mais de cinco meses.
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