A Azul ($AZUL4) anunciou nesta quinta-feira (24) a homologação de seu aumento de capital no valor de R$ 1,66 bilhão, por meio da emissão de 464,089 milhões de ações preferenciais.
A operação, realizada por meio de uma oferta pública primária, faz parte da estratégia de reestruturação financeira da companhia aérea, que busca reforçar sua liquidez e equilibrar sua estrutura de capital.
Com a capitalização, o capital social da empresa passou a ser de R$ 7,13 bilhões, dividido em 2,13 bilhões de ações ordinárias e 896 milhões de ações preferenciais — todas nominativas e sem valor nominal.
Distribuição incluiu bônus de subscrição e teve adesão acima do esperado
Além das ações, cada investidor que participou da oferta recebeu gratuitamente um bônus de subscrição para cada papel adquirido, totalizando 13,5 milhões de bônus emitidos. Outros 450,5 milhões de bônus, vinculados à conversão de dívidas financeiras, foram cancelados de forma voluntária por seus detentores.
A demanda superou as expectativas iniciais da Azul, o que motivou a emissão adicional de 13,5 milhões de ações, o equivalente a 3% do volume inicialmente ofertado.
Oferta busca conversão de dívidas e captação de recursos
A operação tem entre seus objetivos principais a captação de novos recursos, a conversão obrigatória de parte das notas de dívida da Azul Secured Finance com vencimentos em 2029 e 2030 — incluindo ADRs (American Depositary Receipts) — e a ampliação da liquidez da companhia em meio a um cenário ainda desafiador para o setor de aviação.
Mesmo com a exclusão do direito de preferência, prevista na Lei das Sociedades por Ações e no estatuto da Azul, a companhia garantiu aos acionistas o direito de prioridade na subscrição de ações e bônus, inclusive no caso de excesso de demanda.
Distribuição nacional e internacional coordenada por grandes bancos
A oferta foi coordenada no Brasil por UBS BB, BTG Pactual e Citi. No exterior, a distribuição ficou sob responsabilidade do UBS Securities LLC, BTG Pactual US Capital LLC e Citigroup Global Markets Inc.
A operação foi direcionada exclusivamente a investidores profissionais no mercado brasileiro e a investidores institucionais no exterior, respeitando os dispositivos legais de cada jurisdição.
Negociação na B3 começa nesta sexta-feira
As ações e os bônus de subscrição passam a ser negociados na B3 a partir desta sexta-feira (25). A liquidação física e financeira ocorrerá no dia 28 de abril, com os bônus sendo creditados nas contas de custódia dos investidores no dia seguinte, 29 de abril.
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