Invista no seu carro com inteligência
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Negócios
Notícias
Apple aposta na Índia: por que big tech quer deixar de depender da China

Apple aposta na Índia: por que big tech quer deixar de depender da China

A Apple (AAPL; $AAPL34) recentemente fez uma aposta agressiva para expandir as operações na Índia, motivada pela vasta população do país, com uma classe média crescente disposta a gastar mais em telefones de última geração.

Não apenas nas vendas, a gigante da tecnologia também aumentou a sua presença industrial na Índia, por meio da Foxconn (TPE: 2354), empresa taiwanesa que fabrica iPhones.

Agora, a Apple fabrica cerca de 1 em cada 7 — ou 14% — de seus iPhones na Índia, de acordo com um relatório recente da Bloomberg. Investidores começam a se perguntar se o país se tornará a “nova China” para a big tech, com as últimas movimentações.

Apple busca reduzir dependência da China

Segundo Arjun Kharpal, correspondente sênior de tecnologia da CNBC, no episódio do podcast “Beyond the Valley”, a pandemia de Covid-19, com políticas muito intensas para impedir que a doença se espalhasse, causou enormes interrupções na produção de iPhones. Isso fez a Apple pensar sobre sua dependência na produção no país, disse.

Acho que isso também acelerou os planos da empresa para que pensasse onde mais poderia diversificar sua cadeia de suprimentos. (…) Algumas dessas restrições intensas, creio eu, expuseram quanta confiança a Apple realmente tinha na China.

Até então, a China produzia cerca de 90% dos iPhones do mundo.

Com o enfraquecimento da produção na China, a Apple passou a focar em sua capacidade de aumentar a produção em outros lugares, buscando, inclusive, compensar essas perdas.

Cresce aposta na Índia

Especialistas apontam que, para a Apple, não conseguir colocar um produto no mercado implica em perdas de bilhões de dólares em vendas. Portanto, vale a pena gastar bilhões para depois investir em outros centros de produção.

Nesse cenário, países como a Índia ou o Vietnã entram em ação. Apesar disso, a big tech não deve mais querer depender de apenas uma força de produção, como ocorreu com a China. Portanto, o objetivo agora é ter uma cadeia de abastecimento diversificada.

A Índia, especificamente, tem um interesse em se tornar uma espécie de centro industrial de alta tecnologia da Ásia. Os esforços da Apple fazem todo o sentido neste cenário, assim como os incentivos do governo para trazer empresas estrangeiras ao país.

Apesar disso, ainda falta expertise e força de trabalho qualificada para fazer parte dessa forte onda de produção que o país almeja, especialmente em áreas como a de semicondutores, que é altamente especializada. Também há diversas queixas sobre a burocracia da Índia para empresas estrangeiras.

Não apenas a Índia visa se tornar o único rival da China: Vietnã, Tailândia, Indonésia — todos esses países estão competindo.

A Índia não está nem perto da China neste momento em termos de sua capacidade de ser um centro industrial e de alta tecnologia, mas o que estávamos falando é sobre que tipo de base eles estão preparando para que o primeiro-ministro Narendra Modi comunique essas empresas estrangeiras, incluindo Tim Cook, o CEO da Apple, e muitos outros fabricantes, para convencê-los a ficar no país”, disse Kharpal.