A Amazon (AMZN; $AMZO34) está desenvolvendo seus próprios processadores para diminuir a dependência dos caros chips da Nvidia – o chamado “imposto Nvidia” – que atualmente equipam parte dos negócios de inteligência artificial da Amazon Web Services, o principal motor de crescimento do grupo.
No laboratório de chips da Amazon em Austin, Texas, uma equipe de engenheiros testou um novo projeto de servidor em uma tarde de sexta-feira. O servidor estava equipado com vários chips de inteligência artificial desenvolvidos pela Amazon, que competem com os da líder de mercado Nvidia, conforme relatou Rami Sinno, executivo da Amazon, durante sua visita ao laboratório.
Amazon e a corrida com a Nvidia
Com seus chips desenvolvidos internamente, a Amazon pretende oferecer aos clientes a capacidade de realizar cálculos complexos e processar grandes quantidades de dados de maneira mais econômica. Rivais como Microsoft (MSFT; $MSFT34) e Alphabet (GOOG; $GOGL34) estão seguindo uma estratégia semelhante.
Rami Sinno, diretor de engenharia da Annapurna Labs—uma divisão da AWS adquirida pela Amazon em 2015—destacou que os clientes estão cada vez mais buscando alternativas mais baratas aos chips da Nvidia.
Embora os esforços da Amazon no desenvolvimento de chips de IA estejam ainda em estágio inicial, o chip Graviton, que é o principal produto da empresa para computação não relacionada à IA, está em sua quarta geração e em desenvolvimento há quase uma década. Já os chips de IA, Trainium e Inferentia, são projetos mais recentes.
No primeiro trimestre, a receita da AWS, que representa pouco menos de 20% do faturamento total da Amazon, cresceu 17%, alcançando 25 bilhões de dólares em comparação ao ano anterior. A AWS domina cerca de um terço do mercado de computação em nuvem, enquanto o Azure da Microsoft detém aproximadamente 25%.
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