A Public Citizen, um grupo de defesa do consumidor, formalizou uma queixa ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos, pedindo uma investigação sobre possíveis violações de leis federais e éticas cometidas por Donald Trump em relação à promoção e solicitação de dinheiro para sua memecoin, a TRUMP. O pedido foi feito em uma submissão formal apresentada na última segunda-feira (05).
A queixa destaca postagens de Trump nas redes sociais, incluindo X (antigo Twitter) e Truth Social, onde o ex-presidente teria promovido ativamente a criptomoeda TRUMP. Segundo a Public Citizen, ele também incentivou seus seguidores a contribuir com dinheiro para o projeto.
Além disso, o grupo alega que as publicações foram compartilhadas novamente nos dias 20 e 21 de janeiro, após a posse de Trump, o que pode configurar uma violação das leis federais que proíbem um presidente de solicitar presentes pessoais.
“Um presidente solicitando dinheiro do público para seu enriquecimento pessoal seria um abuso inaceitável da presidência. O Departamento de Justiça e o Escritório de Ética Governamental devem investigar a fundo para determinar se essas ações violam a lei e tomar as medidas apropriadas para interromper essa prática”, afirmou Bartlett Naylor, defensor de serviços financeiros da Public Citizen.
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Memecoin de Trump e a falta de transparência
Além das postagens nas redes sociais, a queixa também critica a declaração feita no site oficial de Donald Trump sobre a memecoin.
O site afirma que as contribuições para o projeto seriam apenas em troca de um “recibo digital”, o que, segundo a Public Citizen, implica que o dinheiro recebido não seria vinculado a nenhum produto ou serviço tangível. Para o grupo, isso levanta questionamentos sobre a transparência e a legalidade do processo.
Outro ponto preocupante levantado pela queixa é o risco de que os fundos arrecadados possam beneficiar diretamente Trump, o que poderia violar as leis federais de ética.
A Public Citizen também aponta uma possível violação constitucional, já que a Constituição dos Estados Unidos proíbe que um presidente aceite dinheiro ou bens de fontes estrangeiras.
A natureza descentralizada e anônima das transações de criptomoedas levanta a preocupação de que investidores estrangeiros possam estar comprando a TRUMP sem que seja possível rastrear sua origem.
Essa falta de transparência sobre as transações pode também representar um risco à segurança nacional e à política externa dos Estados Unidos, segundo os argumentos da Public Citizen.
O grupo enfatiza a necessidade urgente de uma investigação detalhada para avaliar as possíveis implicações legais e de segurança envolvidas na campanha de Trump.
Lançamento das memecoins Trump e Melania
O presidente dos Estados Unidos lançou sua própria criptomoeda pouco antes da sua posse, e em menos de 24 horas, a memecoin atingiu uma valorização impressionante de 10.000%.
Juntamente com ele, sua esposa, Melania Trump, também entrou no mercado de criptomoedas com a criação da memecoin MELANIA, ampliando ainda mais o envolvimento da família no setor.
O projeto começou com a emissão de 200 milhões de tokens, mas tem planos ambiciosos de expandir para 1 bilhão de tokens circulando nos próximos três anos.
O lançamento gerou um grande debate público. Para os entusiastas das criptomoedas, trata-se de um marco histórico na adoção de moedas digitais. No entanto, críticos apontam possíveis conflitos de interesse, considerando as conexões de Trump com aliados influentes do setor de blockchain e criptoativos.
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