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Cripto em queda: o que está por trás do movimento e o que fazer agora?

Cripto em queda: o que está por trás do movimento e o que fazer agora?

O mercado cripto viveu uma das semanas mais turbulentas do ano em queda. O Bitcoin (BTC), que vinha sustentando o patamar acima de US$ 120 mil, recuou com força após uma nova escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

O movimento contaminou as principais altcoins e acendeu o alerta entre investidores. Mas, antes de enxergar pânico, é importante entender o contexto e o que esse ajuste pode representar.

Cotação do Bitcoin nos últimos dias. Fonte: Tradingview

O que causou a queda?

O principal gatilho foi a crise tarifária entre as duas maiores economias do mundo. As novas medidas impostas por Washington, somadas às retaliações anunciadas, reacenderam o temor de desaceleração global. Fator que costuma pressionar mercados de risco, incluindo criptoativos.

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Anúncio das tarifas a China pelo presidente Trump. Fonte: @Kobeissiletter, X

Em paralelo, dados on-chain mostraram um aumento da realização de posições, seja por liquidações de traders alavancados ou encerramento de posições com realização de lucros.

Cripto em queda: uma correção natural dentro do ciclo

Apesar da turbulência nos preços, o recuo não muda a tendência estrutural do mercado. Historicamente, fases de correção são saudáveis e necessárias após períodos de forte alta. O Bitcoin, por exemplo, já apresentou quedas bem mais expressivas em ciclos anteriores e mesmo assim manteve sua trajetória ascendente no longo prazo.

Fundamentos seguem sólidos

O cenário macroeconômico global, embora desafiador no curto prazo, segue favorável ao mercado cripto no médio e longo prazo. A inflação americana continua estabilizada acima da meta do Fed, o PIB mostra crescimento acima do esperado e o emprego se mantém aquecido. Essa combinação reduz o risco de aperto monetário adicional e mantém o horizonte de cortes de juros até o fim do ano.

Do ponto de vista estrutural, o interesse institucional segue crescente. Os ETFs de Bitcoin continuam registrando entradas bilionárias e empresas públicas ampliam suas posições em tesouraria. Nos Estados Unidos, o número de pessoas com exposição ao BTC já supera o de investidores em ouro.

Empresas com Tesouraria em Cripto: Compras por Ativo. Fonte: Blockworks

O que o investidor pode fazer agora: volatilidade é o preço da oportunidade

Correções fazem parte do ciclo. Em um mercado que avança para a institucionalização e ganha tração regulatória, momentos de ajuste devem ser vistos como pausas naturais, e não como sinais de colapso.

O investidor hoje deve tomar cuidado e considerar alguns pontos para ter sucesso no longo prazo:

  • Evite decisões impulsivas: realizar prejuízo em momentos de pânico tende a cristalizar perdas desnecessárias.
  • Aproveite as quedas como oportunidade: correções dentro de tendências de alta costumam gerar pontos de entrada interessantes para o médio e longo prazo.
  • Priorize ativos consolidados: Bitcoin, Ethereum e Solana continuam sendo os pilares do setor.
  • Mantenha uma estratégia gradual: o método DCA (Dollar-Cost Averaging) — investir valores fixos em intervalos regulares — ajuda a reduzir o impacto da volatilidade.
  • Diversifique com critério: altcoins podem oferecer potencial de valorização, mas exigem gestão de risco rigorosa.

Estratégia de DCA, resultado ao lingo dos últimos 5 anos (rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura). Fonte: Bitcoinflow

Por fim, os fundamentos permanecem inalterados: demanda crescente, adoção corporativa e evolução tecnológica continuam sustentando a tese de longo prazo. Para quem tem estratégia e disciplina, as quedas de hoje podem ser as oportunidades de amanhã.

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