O especialista em criptomoedas e assessor de Renda Variável, Leonardo Gonçalves, fez uma live no canal do Youtube da EQI Research para apresentar as principais tendências do setor, incluindo o impacto do cenário macroeconômico e as oportunidades em finanças descentralizadas (DeFi) e na tokenização de ativos do mundo real (RWA).
O mercado de criptomoedas atravessa um período de lateralização de preços, reflexo das incertezas nas políticas econômicas globais. Ferreira destacou que o índice de incerteza político-econômica nos EUA supera o registrado durante a pandemia da COVID-19, indicando um cenário de inflação persistente e tensão nos mercados.
Apesar desse ambiente no curto prazo, ele apontou sinais positivos para o setor no longo prazo.
Segundo Ferreira, a “Operação Cripto 2.0”, impulsionada pelo governo Trump, tem favorecido uma regulação mais amigável para criptoativos. Além disso, a nomeação de Cinn Lumes para liderar o comitê de ativos digitais do governo americano reforça uma postura mais favorável à adoção institucional de criptoativos.
Tokenização de ativos reais (RWA): mercado pode atingir US$ 10 trilhões
O setor de tokenização de ativos do mundo real tem crescido rapidamente. Hoje avaliado em US$ 192 bilhões, ele pode chegar a US$ 10 trilhões até 2030, impulsionado por grandes instituições como BlackRock e JPMorgan. Ferreira citou casos de uso que já estão em execução:
- Santander: Testes com remessas internacionais via stablecoins.
- Louis Vuitton: Registro de produtos de luxo em blockchain para evitar falsificações.
- ONU: Monitoramento de doações para garantir transparência na destinação dos recursos.
- Walmart e IBM: Utilização da blockchain para gestão de estoques.
Para Ferreira, a redução da burocracia e dos custos transacionais serão fatores essenciais para impulsionar a adoção da tecnologia. “Grandes players já estão nesse jogo. A BlackRock tem um fundo de renda fixa na Ethereum. É um claro indicativo de que a tokenização veio para ficar”, afirmou.
DeFi: desafios regulatórios e oportunidades
As finanças descentralizadas (DeFi) seguem como um setor promissor, mas ainda enfrentam entraves regulatórios.
“Protocolos como Aave e Uniswap precisam de um arcabouço jurídico para operar ativos reais“, explicou Ferreira. No entanto, ele destacou que avanços regulatórios podem liberar novas oportunidades, como o mecanismo de distribuição de receitas conhecido como fee switch, que poderia gerar dividendos robustos para plataformas como Uniswap.
Infraestruturas críticas como Avalanche e Ethereum são fundamentais para esse mercado, enquanto projetos como Lido e Ondo têm alto potencial de expansão. “Com a regulação adequada, os fluxos financeiros em DeFi podem ser tão robustos quanto os do mercado tradicional”, afirmou.
Estratégias e projeções para Bitcoin e altcoins
Sobre o preço do Bitcoin, Ferreira estabeleceu um alvo parcial realista de US$ 120 mil. “Estratégias com aportes escalonados e take profit são essenciais em um mercado volátil“, recomendou.
Quanto às altcoins, ele alertou que mais de 90% dos tokens atuais são recentes e que a chamada altseason de 2025 será diferente da de 2017, com maior foco em narrativas regulatórias como RWA e DeFi.
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Tecnologia com impacto real
Encerrando sua análise, Ferreira destacou que o mercado cripto não se resume a especulação com memecoins. “É tecnologia que resolve problemas reais. O Walmart evita desperdícios com blockchain, a ONU usa para doações, grandes bancos exploram stablecoins“, afirmou.
Para investidores menos experientes, ele sugeriu as carteiras automatizadas da EQI Investimentos, que permitem exposição ao mercado com aportes a partir de R$ 500 e liquidez imediata.
“2025 e 2026 tendem a ser positivos, mas o curto prazo ainda é incerto. O mais importante é ter uma estratégia bem definida“, concluiu.
Assista o vídeo na íntegra:
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