A Chinesa Shein entrou com pedido de oferta pública inicial (IPO) nos EUA, segundo a Reuters.
A companhia é uma varejista online, está avaliada em mais de US$ 60 bilhões, e o movimento denota uma coragem empresarial frente ao governo do presidente Xi Jinping.
Isso porque o “Partidão”, que governa a China, tem pressionado companhias locais que buscam capitalização na América do Norte.
Em 2022 algumas empresas desistiram de abrir capital em bolsas dos EUA, em detrimento de bolsas chinesas, por “livre e espontânea pressão”.
Ainda assim, a Shein deu entrada junto aos reguladores americanos com o referido pedido, e a estreia no mercado acionário americano pode tornar a Shein a empresa chinesa mais valiosa a abrir capital nos EUA desde que a gigante Didi Global foi listada em Nova York, em 2021.
Conforme a agência, a varejista submeteu confidencialmente seu registro de IPO à Securities and Exchange Commission (SEC). A estreia no mercado pode ocorrer antes do final de 2023.
Shein
Em um movimento recente para melhorar sua reputação e agregar valor à marca, a Shein convidou a cantora brasileira Anitta para lançar a primeira coleção sustentável da rede.
Em informe ao mercado, destacou que as peças da coleção evoluSHEIN x Anitta são produzidas com materiais eco friendly, ou seja, não causam nenhum tipo de dano socioambiental, ou que minimizam ao máximo esse impacto, tendo origem em fontes responsáveis (reciclados ou reutilizados).
Criadas em colaboração com a Queen of Raw, dos Estados Unidos, startup de economia circular comandada por mulheres que tem como missão lutar contra o desperdício têxtil, as peças são de edição limitada.
Em nota, elencou que ao adotar peças de moda eco-friendly, a marca procura não só influenciar e promover o consumo consciente entre os clientes, mas também acelerar a transição para materiais sustentáveis até 2030 e eliminar o conceito de desperdício na cadeia de produção.
Polêmica
A companhia havia, em um primeiro momento, chamado influencers estrangeiros para campanhas de marketing, e isso não pegou bem. Após algumas reclamações registradas inicialmente nas redes sociais, a Shein mudou a estratégia e começou a convidar influencers dos países onde pretende lançar produtos ou campanhas. A ideia é criar identificação.
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