Após o início da crise que sinaliza o possível fim da era dos dividendos extraordinários na Petrobras ($PETR4), Jean Paul Prates, presidente da estatal, passou a enfrentar pressões do mercado financeiro.
Ainda que o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, apoie a permanência do ex-senador potiguar no cargo, ele solicitou aos ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia, que intensifiquem a pressão para uma maior interferência na Petrobras.
Esse ambiente de indecisão e crise alimentou rumores de uma possível substituição de Prates.
A coluna Painel, da Folha de São Paulo, citou os candidatos favoritos para ocupar a cadeira de Prates, caso ele seja exonerado da Petrobras. Um deles é o nome de Bruno Moretti, hoje Secretário Especial de Análise Governamental da Presidência da República.
Segundo o jornal, assessores do Planalto afirmam que Moretti é uma indicação de Rui Costa, apresentado como alternativa a Marcos Cavalcanti, que a Casa Civil não deseja remover do comando do PPI (Programa de Parcerias em Investimentos).
Outro nome citado no Painel é o de Magda Chambriard. Ela é engenheira química e trabalhou na Petrobras antes de se transferir para a ANP (Agência Nacional de Petróleo), onde presidiu entre 2012 e 2016.
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Embora Silveira seja um dos principais algozes de Prates no debate público sobre a Petrobras, ele não teria feito nenhuma indicação.
Entretanto, o ministro de Minas e Energia teria solicitado que Pietro Mendes, secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, assuma a presidência do conselho, caso haja mudança na liderança da Petrobras.
De acordo com a Folha, Rui Costa negou ter feito qualquer indicação, enquanto Silveira preferiu não comentar.
Para diminuir esse clima bélico na Petrobras, Lula pediu a Prates que indicasse alguém para atuar como mediador na relação entre o conselho da Petrobras e o governo. A coluna explica que o presidente considerou essa possibilidade para tentar diminuir a pressão política contra o ex-senador.
Por fim, o Painel informa que Lula já descartou os nomes de Moretti e Chambriard para substituir Prates neste momento.
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EUA ainda investigam corrupção na Petrobras durante gestão petista entre 2003 e 2014
Mesmo após dez anos, o governo dos EUA mantém as investigações sobre os casos de corrupção na Petrobras que ocorreram durante os dois primeiros mandatos do presidente Luis Inácio Lula da Silva (2003-2010) e o primeiro mandato de Dilma Rousseff (2011-2014). A informação é da revista Veja.
Na semana passada, o governo americano divulgou a confissão de culpa da Trafigura. A empresa suíça aceitou pagar cerca de R$ 630 milhões em multas por subornar funcionários brasileiros ao longo de uma década para obter e manter contratos com a Petrobras na comercialização de combustíveis.
A Trafigura foi a última das cinco grandes empresas de trading a admitir participação em um esquema de corrupção no qual propinas de US$ 0,20 centavos a US$ 2 eram pagas por cada barril de produtos petrolíferos comprados ou vendidos à Petrobras. As outras empresas foram Glencore, Vitol, Mercuria e Gunvor.
Essas cinco empresas controlam quase um quarto do comércio mundial de mercadorias, que vão desde petróleo até grãos. Individualmente, cada uma delas é maior que a Petrobras.
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