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Mercado que reage bem a notícias ruins é um mercado de alta?

Mercado que reage bem a notícias ruins é um mercado de alta?

Um dos investidores mais experientes do Brasil, Ivan Sant’anna, costuma afirmar que um mercado que reage bem a notícias ruins é um mercado de alta. Mas com o cenário econômico deste início de ano, será que essa análise ainda se mantém válida?

Felipe Paletta, analista da EQI Research, acredita que sim e defende que Sant’anna está correto em sua visão, uma opinião amplamente conhecida no universo dos investimentos.

Mas, afinal, por que essa ideia faz tanto sentido?

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Cenário econômico e a bolsa brasileira

O início de 2025 foi marcado por um cenário turbulento para a política e a economia brasileira. A avaliação negativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva disparou, superando pela primeira vez a avaliação positiva desde o início de seu terceiro mandato.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Ipsos-Ipec, 41% dos entrevistados consideram a gestão de Lula ruim ou péssima, um aumento expressivo em relação aos 34% registrados em dezembro de 2024.

Apesar desse quadro político adverso, a bolsa brasileira tem demonstrado sinais de recuperação. O Ibovespa fechou a terça-feira (18) em alta de 0,49%, alcançando 131.474 pontos.

Sendo assim, Paletta lembra que a bolsa está se afirmando em meio a um cenário desafiador, destacando que “isso mostra que a bolsa está reagindo, ou seja, os ativos de risco estão precificando um cenário possivelmente mais favorável em 2026.”

Para ele, o mercado parece otimista em relação a um futuro mais promissor, apesar das dificuldades atuais.

O analista também abordou os possíveis efeitos econômicos em 2025, sugerindo que, embora a instabilidade política e o risco de uma estagflação — cenário de inflação e estagnação econômica simultânea — sejam desafios, esses fatores poderiam, surpreendentemente, gerar boas oportunidades para os investidores.

“Mesmo com um governo desarticulado e a economia enfrentando obstáculos, como uma estagflação, isso poderia ser uma boa notícia. Isso porque os juros, possivelmente, não se manteriam elevados. O cenário de juros a 16% talvez não se materialize, e poderíamos ver uma redução gradual nas taxas ao longo do ano”, afirmou.

Com isso, a ideia apresentada por Santanna ganha respaldo, ou seja, o mercado tende a reagir positivamente a notícias negativas em determinados contextos, o que, segundo Paletta, é uma característica comum de mercados em alta.

“Embora não seja uma regra, na maioria das vezes, o mercado que reage bem a notícias desfavoráveis está em um ciclo de alta”, concluiu o analista.

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