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Pesquisa Ipsos-Ipec: 41% acham governo Lula ruim ou péssimo

Pesquisa Ipsos-Ipec: 41% acham governo Lula ruim ou péssimo

A avaliação negativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou significativamente e passou a superar a positiva pela primeira vez desde o início de seu terceiro mandato. Segundo a pesquisa Ipsos-Ipec, 41% dos entrevistados consideram a gestão de Lula ruim ou péssima, um crescimento expressivo em relação aos 34% registrados em dezembro de 2024. Por outro lado, a parcela da população que avalia o governo como ótimo ou bom caiu de 34% para 27%, enquanto a percepção regular se manteve em 30%.

A pesquisa também aponta um aumento na desaprovação da maneira como Lula conduz o governo. Entre os entrevistados, 55% afirmaram desaprovar sua gestão, contra 40% que a aprovam. Em dezembro, os números eram mais equilibrados, com 46% de desaprovação e 47% de aprovação. A confiança no presidente também sofreu um abalo: atualmente, 40% confiam em Lula, uma queda de cinco pontos em relação ao último levantamento. Enquanto isso, 58% declararam não confiar nele, contra 52% em dezembro.

A sondagem foi realizada entre os dias 7 e 11 de março, com 2 mil entrevistados de 16 anos ou mais, e tem margem de erro de dois pontos percentuais.

Popularidade de Lula segue em queda em outros levantamentos

Outras pesquisas recentes reforçam a tendência de queda na popularidade do presidente. Segundo a AtlasIntel, divulgada em fevereiro, a desaprovação ao governo chegou a 50,8%, contra 46,5% em janeiro. A aprovação se manteve estagnada em 37,6%.

O levantamento também mostrou que os setores mais críticos ao governo são os evangélicos (76,3% de rejeição), os moradores da região Sul (62,7%) e os do Centro-Oeste (59,3%). Já os mais favoráveis são ateus e agnósticos (57,3% de aprovação) e pessoas com mais de 60 anos (53,3%).

A pesquisa Quaest, também de fevereiro, apontou que a desaprovação ao governo superou a aprovação em oito estados, incluindo Bahia e Pernambuco, regiões historicamente favoráveis a Lula. O levantamento mostrou que, no Sudeste, Sul e Centro-Oeste, a avaliação negativa do governo é predominante.

Em São Paulo, 55% avaliam a gestão como ruim ou péssima. No Paraná, esse índice sobe para 59%. No Nordeste, a popularidade do presidente ainda é mais alta, mas já apresenta sinais de queda: em Pernambuco, 37% desaprovam o governo, contra 33% que o aprovam. Na Bahia, o cenário é similar, com 38% de rejeição e 30% de aprovação.

A Confederação Nacional de Transportes (CNT) também divulgou uma pesquisa que mostra queda na popularidade de Lula. A aprovação caiu de 35% para 29%, enquanto a reprovação aumentou de 31% para 44%.

Além disso, a desaprovação pessoal de Lula subiu para 55%, registrando um aumento de nove pontos percentuais em relação a novembro de 2024. A pesquisa também revelou um aumento do pessimismo quanto ao futuro, com preocupações em áreas como segurança, emprego e economia.

Por fim, o Datafolha registrou que a aprovação do governo caiu para 24%, o menor índice dos três mandatos de Lula. A reprovação subiu para 41%, e a queda na popularidade foi observada até mesmo entre segmentos historicamente alinhados ao petista. Entre eleitores que ganham até dois salários mínimos, a aprovação caiu de 44% para 29%. No Nordeste, onde Lula sempre teve apoio expressivo, o percentual dos que consideram o governo ótimo ou bom caiu de 49% para 33%.

Impacto político e desafios futuros

Os dados das pesquisas indicam que Lula enfrenta um momento de desgaste político significativo. A crise do Pix, os altos preços dos alimentos e a percepção de uma economia que não melhora no ritmo esperado são alguns dos fatores que pesam contra o governo. Ao mesmo tempo, as eleições municipais de 2024 consolidaram a força do centro e da direita, reduzindo ainda mais o espaço para alianças do PT em 2026.

Outro ponto que preocupa o governo é a crescente comparação entre a atual administração e a de Jair Bolsonaro. Segundo a pesquisa AtlasIntel, 49,4% dos entrevistados acreditam que Lula está fazendo um governo pior que o de seu antecessor, enquanto 48,9% discordam. Em uma eventual disputa presidencial em 2026, cenários testados indicam que Lula perderia para Bolsonaro em estados-chave como São Paulo, Paraná e Goiás.

Diante desse quadro, Lula tem intensificado sua agenda e buscado medidas para conter a inflação e melhorar a percepção popular sobre seu governo. No entanto, os próximos meses serão decisivos para avaliar se essas estratégias serão suficientes para reverter a tendência de queda na popularidade.

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