A partir desta quarta-feira (17), a B3 abre as portas para uma nova forma de investimento, com o lançamento dos contratos futuros de Bitcoin. Aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esse novo produto permite que os investidores operem com criptomoedas dentro do ambiente regulado da bolsa brasileira.
Esse lançamento atende a uma crescente demanda do mercado por mais opções de investimento em criptomoedas. Atualmente, os investidores brasileiros já contam com 13 ETFs relacionados às moedas digitais, incluindo um BDR de ETF atrelado ao Bitcoin à vista, lançado recentemente em fevereiro.
O contrato futuro de Bitcoin proporciona mais uma alternativa para investir no mercado de criptomoedas pela B3, permitindo a criação de diferentes estratégias. Essa demanda crescente está alinhada com o avanço regulatório no mundo e com o cenário econômico marcado pela queda das taxas de juros.
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Como funciona o contrato futuro de Bitcoin?
Esse contrato utilizará o índice Nasdaq Bitcoin Reference Price (NQBTC) como referência, com o valor de um contrato equivalente a 0,1 bitcoin, ou seja, 10% do valor da criptomoeda em reais. O vencimento dos contratos será mensal, ocorrendo sempre na última sexta-feira do mês, o que possibilita aos investidores criar estratégias com prazos diferentes para o mesmo ativo.
É importante ressaltar que a liquidação dos contratos será exclusivamente financeira, não envolvendo a compra e venda direta de criptomoedas. Os resultados financeiros das negociações serão baseados na variação de preço do Bitcoin ao longo do tempo.
Margem de garantia e riscos
Para operar no mercado futuro, os investidores precisam depositar uma margem de garantia, que funciona como um cheque caução e é dada em dinheiro.
No caso dos contratos futuros de Bitcoin, os investidores de varejo devem depositar uma margem mínima de R$ 100 por contrato, e aqueles que mantiverem posições nos contratos devem depositar 50% do valor do contrato.
Os contratos futuros são uma ferramenta tanto de proteção quanto de especulação. Eles podem ser usados para proteger os investimentos contra futuras oscilações de preço, além de permitir que os investidores realizem lucros com base na variação de preço do ativo, sem a necessidade de possuí-lo fisicamente.
A B3 e o mercado cripto
A B3 vem acompanhando a evolução do mercado de criptomoedas e, desde abril de 2021, oferece produtos ligados a ativos digitais.
Além dos ETFs de criptoativos e do BDR de ETF, a bolsa também aceita o registro de operações de derivativos de balcão e Certificados de Operações Estruturadas (COEs) referenciados em ativos com a temática cripto.
Essa expansão da oferta de produtos reflete o interesse crescente dos investidores por criptomoedas e a busca por instrumentos regulados no Brasil.
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