O analista técnico da EQI Research, Thomas Abbud, fez uma análise dos gráficos do Bitcoin na véspera do halving. Ele indica quais serão os possíveis movimentos da criptomoeda nos próximos dias a partir da análise gráfica do ativo.
No gráfico diário do Bitcoin, Abbud aponta que a criptomoeda estabeleceu uma zona de resistência na faixa dos US$ 71.460. Com essa área de resistência definida, a partir do dia 9 de abril, o Bitcoin iniciou um movimento de queda, terminando na região de resistência dos US$ 62.980 e testando um fundo anterior na mesma região.
Na análise do gráfico de duas horas, Abbud menciona que o Bitcoin testou a região dos US$ 66.000 e até esboçou uma ascensão. No entanto, não conseguiu manter essa tendência de alta e começou a perder força ao atingir a faixa dos US$ 61.101. Essa queda levou o Bitcoin a testar um fundo mais antigo, precisamente na mesma região dos US$ 61.100.
Após essa queda acentuada, Abbud observa que o Bitcoin conseguiu se recuperar e teve uma forte valorização a partir da zona dos US$ 61.100, chegando até os US$ 66.500. No entanto, posteriormente, a criptomoeda voltou a apresentar uma tendência mais baixista.
“O que me chama a atenção é que temos fundos praticamente nivelados, com fundos iguais ou duplos. Em nossa operação, com fundos nivelados, são regiões onde há bastante liquidez, especialmente porque estamos acima de uma zona de resistência”, explica Abbud.
- Leia também: Como investir em Bitcoin: guia passo a passo
- O que é Bitcoin? Manual completo do futuro do seu dinheiro
O analista técnico da EQI Research indica que, para os próximos dias, durante o halving do Bitcoin, a expectativa é de um movimento de correção.
Para Abbud, o Bitcoin pode continuar esse movimento de queda, buscando capturar liquidez abaixo dos fundos nivelados. Além disso, ele alerta que a criptomoeda pode testar a zona de ineficiência, que fica abaixo da resistência dos US$ 61.100.
“Se confirmarmos um interesse em preços mais altos por meio de uma mudança de caráter na análise SMC, em que um ativo rompe um topo válido com intenção de preços mais altos, estaremos em um ponto muito interessante. Ele estará voltando para fazer um teste, onde podemos comprar e aproveitar este movimento de possível recuperação”, afirmou Abbud.
Se essa confirmação não ocorrer, Abbud, da EQI Research, diz que, em vez de subir, o ativo pode começar a cair e provavelmente testará os 50% da região dos US$ 56.000.
Veja a análise de Thomas Abbud sobre o Bitcoin e o Ethereum no vídeo abaixo:
O que é o halving do Bitcoin?
O halving do Bitcoin é um evento que ocorre aproximadamente a cada quatro anos e é um dos mais importantes para a criptomoeda. Durante o halving, a recompensa que os mineradores recebem por validar transações e adicionar novos blocos ao blockchain é reduzida pela metade.
Por exemplo, em 2020, a recompensa por bloco minerado caiu de 12,5 Bitcoins para 6,25 Bitcoins. Isso acontece de forma programada no código da criptomoeda, e ocorre a cada 210.000 blocos minerados.
Essa redução programada na emissão de novos Bitcoins ajuda a manter a escassez da moeda, o que pode levar a uma valorização do seu preço se a demanda permanecer constante ou aumentar. Isso faz com que o Bitcoin seja visto como uma “moeda deflacionária” – um ativo cujo valor tende a aumentar ao longo do tempo devido à sua escassez.
Historicamente, o halving tem sido um catalisador para o aumento do preço do Bitcoin. Por exemplo, após o primeiro halving em 2012, o Bitcoin subiu 7.956%. Após o segundo halving, em 2016, o Bitcoin avançou 270% nos 365 dias seguintes. E após o terceiro halving, realizado em 2020, o Bitcoin registrou alta de 533% no mesmo período.
Você leu sobre halving. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e assine a nossa newsletter: receba em seu e-mail, toda manhã, as principais notícias do portal!