O Assaí (ASAI3) anunciou, por meio de fato relevante, uma revisão em suas expectativas de abertura de lojas e no nível de investimentos para 2025 e 2026, com o objetivo de reduzir sua alavancagem financeira.
A empresa prevê a inauguração de cerca de 10 novas lojas em 2025, metade da previsão anterior, e aproximadamente 20 lojas em 2026.
O investimento para 2025 foi estimado entre R$ 1 e 1,2 bilhão, sendo direcionado principalmente à expansão de novas unidades, à manutenção e melhorias no parque existente, além de projetos de inovação e tecnologia.
O patamar de alavancagem esperado é de uma relação Dívida Líquida/EBITDA de aproximadamente 2,6 vezes até o final de 2025.
A EQI Research destaca que a revisão do guidance era necessária para adotar uma estratégia mais conservadora. “Consideramos uma escolha acertada, ao trocar um crescimento mais acelerado no curto prazo por uma estratégia conservadora, focada na desalavancagem“, afirma a EQI Research em seu Relatório Diário.
A casa de análises acrescenta que, no atual cenário de juros elevados, essa redução de investimentos, aliada a melhorias marginais nas margens operacionais e a uma gestão mais eficiente do capital de giro, deve contribuir para uma melhor geração de caixa.
“Algo que se faz ainda mais necessário diante do atual cenário de juros maiores, impactando diretamente o custo de carregamento da dívida líquida. A redução de investimentos, somado a uma leve melhora de margem e melhores níveis de capital de giro, deverão contribuir para uma melhor geração de caixa”, explica o analista Tiago Maciel.
Dessa forma, segundo a EQI Research, a estratégia de desalavancagem pode se tornar um catalisador para as ações do Assaí, à medida que a empresa ajusta seu crescimento ao atual cenário macroeconômico.
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O movimento do Assaí é visto como um importante sinal para o mercado financeiro, indicando a possível redução dos planos de investimentos de outras empresas devido ao impacto dos juros altos.
“Considero a notícia muito relevante. Não só pelo Assaí em si, mas pela sinalização de que esta é uma das primeiras empresas a reduzir seus planos de investimento por causa dos altos juros. Infelizmente, acredito que isso pode se tornar uma tendência, o que seria uma má notícia para o PIB e para o emprego“, alertou uma fonte do setor financeiro.
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