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Melhores investimentos para fevereiro, segundo os assessores da EQI

Melhores investimentos para fevereiro, segundo os assessores da EQI

Afinal, onde investir com juros e inflação em alta e um cenário eleitoral conturbado pela frente? A seguir, confira o que os especialistas da EQI Investimentos recomendam como os melhores investimentos para fevereiro.

Continue a leitura e descubra quais são eles!

Quais os melhores investimentos para fevereiro?

Denys Wiese, assessor e co-fundador da EQI Investimentos, e Valter Manfro, sócio da EQI, participaram de uma live da empresa e apresentaram as projeções para o ano e as melhores opções de investimento para o mês.

Primeiramente, os gestores relembraram algumas projeções macroeconômicas para 2022 do BTG Pactual. Em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), o banco acredita que teremos crescimento zero esse ano. Já para a Selic e IPCA, o prognóstico é de 12,25% e 5,40%, respectivamente. Por fim, o dólar deverá encerrar 2022 na faixa de R4 5,60, segundo a equipe do BTG.

No entanto, Denys observa que essas projeções podem mudar bastante, a exemplo do que aconteceu no ano passado. “Às vezes, as coisas mudam de forma bastante aleatória. Por isso é que, ao invés de tentarmos adivinhar para onde o mercado está indo, preferimos diversificar a carteira”, diz o head da EQI.

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Renda fixa pós-fixada é a “bola da vez”

Devido ao aumento dos juros e à sinalização por parte do Banco Central de que a Selic continuará em alta, Wise destaca a renda fixa pós-fixada como uma das boas alternativas atualmente.

“Aqui na EQI, nós temos investimentos que pagam CDI + 2% e 3%, por exemplo. Ou seja, estamos falando em investimentos que podem render em torno de 14% a 15% ao ano. Por isso, eu diria que a renda fixa pós-fixada pode ser a bola da vez hoje”, afirma.

Fundos imobiliários também são uma opção interessante

Em que pese o forte apelo da renda fixa hoje, acompanhar o desempenho dos fundos de investimento imobiliário (FIIs) também pode ser interessante para a carteira.

“Sou suspeito para falar, pois gosto muito dos fundos imobiliários. Principalmente se o objetivo do investidor é obter renda”, diz Valter Manfro.

No entanto, é sempre bom lembrar que os fundos imobiliários carregam um grau de risco maior. Nesse sentido, Manfro observa que esse ativo está sempre sujeito a novas medidas da CVM e à volatilidade do mercado, por exemplo. Além disso, muitos FIIs possuem baixa liquidez, o que também é um fator a ser considerado na hora da escolha desses investimentos.

Já se o intuito é acumular patrimônio, a renda fixa seria hoje a melhor alternativa, na opinião do gestor. “Porém, a melhor escolha sempre é a diversificação. Ainda mais nesse momento, no qual praticamente todos os ativos estão com preços bons”, observa Manfro. Quanto aos valores descontados, o gestor se refere à bolsa, aos prefixados, aos vinculados ao IPCA+, entre outros exemplos.

Melhores setores para investir em 2022

Wiese e Manfro comentam sobre as perspectivas para alguns setores da economia em 2022. Confira a seguir.

Varejo

O primeiro deles é o varejo. Nesse sentido, eles observam que juros altos são ruins para o segmento, e que as ações das varejistas sofreram muito em 2021.

No entanto, um atrativo desses papeis é o fato de estarem bastante descontados atualmente. Por isso, eles consideram as ações do varejo uma boa oportunidade para o ano.

“Atualmente, as ações de varejistas chegam a valer de 20% a 30% do que valiam há um ano. Logo, se fosse para escolher, preferiria esses títulos aos de outros segmentos mais caros, mesmo assumindo o risco de que o desempenho do varejo ainda possa piorar”, afirma Wiese.

Commodities

Na sequência, o Wiese fala sobre o setor de commodities, atualmente em alta na bolsa. Nesse caso, ele cita empresas que estão bastante valorizadas hoje, como Petrobras (PETR3; PETR4) , Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5), por exemplo.

Segundo Wiese, um dos motivos dessa alta das commodities é a injeção monetária no mundo, fortalecida principalmente durante a pandemia.

“Quando há mais dinheiro em circulação, isso fortalece indústrias como a de alimentos e construção, por exemplo. Isso porque a primeira coisa que as pessoas fazem quando têm mais dinheiro é gastar com bens básicos”, explica.

Para ele, se os bancos centrais continuarem a imprimir dinheiro, o ciclo de alta das commodities pode sim ser bastante longo.

Financeiro

Logicamente, não dá para esquecer dos bancos em períodos de juros altos como o atual. Isso porque é em momentos como esses que as instituições financeiras conseguem praticar os maiores spreads.

“Em momentos de juros altos, os bancos acabam reduzindo os seus volumes de empréstimos, pois a tendência é de que as pessoas tomem menos dinheiro. No entanto, nesses períodos conseguem aumentar a sua margem, o que beneficia as empresas do segmento”, diz Wiese.

Em relação às ações do setor bancário, Manfro sugere que o investidor diversifique entre as principais instituições. “Se você distribuir os recursos entre os três ou quatro maiores players, já estará com uma boa posição no setor”, avalia.

investimentos

Momento de rotation trade no Brasil

Por causa da alta dos juros no Brasil e nos EUA, estamos vivendo um movimento chamado rotation trade. Ou seja, a migração de capital dos países mais desenvolvidos para os emergentes.

Para os analistas, isso não significa que as condições econômicas do Brasil tenham melhorado. O motivo desse fluxo de capitais é que os ativos financeiros por aqui estão bem mais baratos.

Segundo Wiese, a alta momentânea da bolsa brasileira não é sustentável, pois o Brasil continua com os mesmos problemas.

“Ainda há muitas notícias por vir em 2022 até as eleições, e isso causará ainda bastante ruído no mercado. Na minha opinião, conseguiremos sustentar a alta de ativos por aqui quando endereçarmos adequadamente problemas como as contas públicas”, avalia o gestor.

Mercado de criptoativos

Nos últimos meses, a alta dos juros americanos criou um sell-off (venda rápida de ativos) no mercado de criptoativos.

Isso porque, quando há muita liquidez na economia, tudo acaba subindo. No entanto, bastou o mercado norte-americano anunciar a alta de juros que alguns ativos começaram a sofrer. Entre eles, estão as criptomoedas de forma geral.

Porém, ambos os especialistas ressaltam que o fato de as criptomoedas terem caído não significa, necessariamente, que esse seja um bom momento de compra. Afinal, trata-se de ativos extremamente voláteis, e, por isso, não há como prever os próximos movimentos de altas ou quedas fortes.

Nesse sentido, Manfro observa que uma boa estratégia é reservar uma parte do capital para fazer compras aos poucos, em momentos de baixa. E, à medida que os criptoativos voltem a se valorizar, o investidor vai realizando as vendas.

“Com essa estratégia, há o risco de que o investidor compre e a criptomoeda continue caindo, ou vice-versa. Porém, para todo tipo de investimento, é importante estar consciente de que é impossível ganhar toda a alta do ativo, e nem deixar de perder com as baixas”, afirma Manfro.

Ou seja, o investidor deve estar pronto para sempre ganhar somente uma parte da alta. Da mesma forma, poderá perder somente uma parte da baixa, pois não há como prever todos os movimentos do mercado.

Assista ao vídeo abaixo, e saiba mais sobre os melhores investimentos para fevereiro!