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Petrobras ano difícil pela frente e descarta dividendos extraordinários

Petrobras ano difícil pela frente e descarta dividendos extraordinários

Nesse contexto, a Petrobras revisou sua carteira de projetos, separando aqueles considerados maduros dos que ainda não avançaram o suficiente para contratação

A presidente da Petrobras (PETR4), Magda Chambriard, afirmou que o próximo ano deve ser “bastante difícil” para os preços do petróleo, reforçando o cenário de maior cautela da companhia na gestão de capital. Segundo ela, as cotações atuais do Brent correspondem a cerca de 75% do nível observado no início do ano passado, o que exige disciplina reforçada na priorização de investimentos e na preservação da financiabilidade da estatal.

Nesse contexto, a Petrobras revisou sua carteira de projetos, separando aqueles considerados maduros dos que ainda não avançaram o suficiente para contratação. Dos US$ 91 bilhões listados na carteira em implantação, Chambriard explicou que US$ 81 bilhões já estão associados a ativos contratados. Os US$ 10 bilhões restantes referem-se a iniciativas “sub judice”, que passarão por avaliação detalhada e disputarão espaço no orçamento conforme a evolução do câmbio, do preço do petróleo e da capacidade de financiamento da companhia.

“É para garantir financiabilidade e adequação dos projetos à realidade futura de mercado”, reforçou.

Petrobras (PETR4): sem espaço para dividendos extraordinários

A cautela também implica limites à distribuição de dividendos extraordinários. O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Fernando Melgarejo, afirmou que não há espaço para pagamentos adicionais nos próximos períodos. Para isso, seria necessário que o fluxo de caixa operacional fosse robusto o bastante para manter a dívida da empresa em posição neutra e ainda assegurar caixa disponível — sem comprometer o financiamento dos projetos previstos.

Segundo o executivo, esse fluxo de caixa mais forte só ocorreria com uma produção significativamente maior de petróleo ou com preços mais elevados da commodity. Como a projeção de produção já está definida no plano de negócios e o cenário para o petróleo não indica alta relevante, Melgarejo destacou que dividendos extras não devem ocorrer.

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BTG vê aumento da alavancagem

Em relatório, o BTG Pactual (BPAC11) comentou que o capex de 2026 veio levemente acima do esperado, com pico em 2027 por conta de Búzios. Mesmo adotando premissas macro otimistas, como Brent de US$ 70 por barril a partir de 2027 e câmbio de 5,80, o plano mostra equilíbrio do Brent em US$ 59 (ou US$ 63 ao câmbio atual), refletindo despesas elevadas de leasing e a transição de FPSOs arrendados para próprios.

“Isso implica aumento de alavancagem em 2026, com dividendos ordinários acima do fluxo de caixa livre para o acionista”, diz trecho do relatório.

A revisão da curva de produção adicionou 0,1mbd ao longo dos anos, com aumento maior em 2028, embora o mercado já antecipasse esse movimento. A companhia reduziu levemente o capex de 5 anos para US$ 109 bilhões, mas 2026–27 ficaram acima das expectativas, com destaque para pico em 2027. O plano adota premissas macro consideradas otimistas, como Brent de US$ 63 em 2026 e câmbio de 5,80.

“A combinação de capex elevado, Brent menor e premissas otimistas leva a maior alavancagem em 2026, com FCFE superando dividendos apenas em 2027 sob essas hipóteses. Considerando premissas de mercado atuais, a Petrobras seguiria aumentando alavancagem até 2027″, comentou o banco de investimentos.

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