O CEO do Magazine Luiza, Frederico Trajano, afirmou, em teleconferência com analistas na manhã desta terça-feira (18), que o segundo trimestre do ano foi um dos mais desafiadores que a companhia já enfrentou.
O período registrou o impacto total do fechamento de lojas e desaquecimento do consumo em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Mas a empresa conseguiu reagir, sobretudo pelo desempenho da operação digital. “Foi épico, nossa equipe fez do limão uma limonada”, disse.
O Magazine Luiza (MGLU3) registrou alta de 49% nas vendas gerais no segundo trimestre de 2020, alcançando R$ 8,6 bilhões, mesmo com 65% das lojas fechadas.
A companhia tem mais de mil lojas pelo Brasil e esse resultado foi alavancado principalmente polo e-commerce, que cresceu 182% no período.
Trajano disse que o que interessa para a companhia é crescer o GMV (Volume Bruto de Mercadorias) total.
Conforme o executivo, somente em junho as vendas totais cresceram 85%, o que denota uma melhora no quadro do varejo ante os meses anteriores por conta da pandemia.
Os resultados foram bem recebidos pelo mercado. Perto das 13h20, os papéis da companhia estavam cotados a R$ 88,00, aumento de 7,78% em relação ao fechamento de ontem, entre as maiores altas da bolsa neste horário.
MGLU3: digitalizar o varejo
“Nosso foco é digitalizar o varejo brasileiro”, disse Trajano, em relação às plataformas de marketplace que agregam sellers de vários segmentos. E acrescentou que ter marketplace dentro do negócio ajudou bastante a geração de caixa. A companhia registrou R$ 2,2 bilhões de caixa operacional no segundo trimestre.
O Magazine Luiza tem 35 mil funcionários e não demitiu nenhum durante a pandemia. Atualmente, está contratando 2.500 pessoas.
Esse contingente vai atuar nos CDs (Centros de Distribuição), bem como nas lojas que se tornaram pontos de distribuição.
A companhia já mantém mais de 700 lojas com ship from store, que é um modelo de negócios que visa agilizar e simplificar as entregas de compras online.

MGLU3: resultado
O Magazine Luiza (MGLU3) registrou prejuízo de R$ 64,5 milhões no segundo trimestre de 2020, revertendo lucro de R$ 386,6 milhões em igual período de 2019.
O Ebitda (lucro antes de juro, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 143,7 milhões, uma diminuição de 62,2%.
A margem Ebtida atingiu 2,6%, baixa de 6,2 pontos percentuais.
Já a receita liquida subiu 29,2% no período, totalizando R$ 5,5 bilhões.
O lucro bruto subiu 31,4% no segundo trimestre, atingindo R$ 1,435 bilhão.
Nos últimos 12 meses, aumentou sua posição de caixa líquido ajustado em R$ 5 bilhões, passando de uma posição de caixa líquido ajustado de R$ 788,8 milhões em junho de 2019 para R$ 5,805 bilhões em junho de 2020.
A companhia encerrou o trimestre com uma posição total de caixa de R$ 7,5 bilhões, considerando caixa e aplicações financeiras de R$ 3 bilhões mais R$ 4,5 bilhões em recebíveis de cartão de crédito.
A empresa investiu R$ 69,5 milhões no segundo trimestre de 2020.
Os aportes foram destinados principalmente para abertura de lojas, investimentos em tecnologia e logística.
As vendas totais cresceram 49%, atingindo R$ 8,6 bilhões no segundo trimestre deste ano. Com isso, Magazine Luiza torna-se a maior empresa de varejo de bens duráveis do país.
Enquanto isso, o e-commerce disparou 182% no período, atingindo R$ 6,7 bilhões e 78% das vendas totais.
Veja MGLU3 versus Ibov em seis meses:

Fonte: tradingview.





