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Leilão da Fernão Dias: vitória abre espaço para retornos robustos para Motiva (MOTV3)

Leilão da Fernão Dias: vitória abre espaço para retornos robustos para Motiva (MOTV3)

A Motiva venceu o leilão para assumir a concessão da rodovia, anteriormente operada pela Arteris. O contrato prevê um desconto de 17,05% na tarifa de pedágio

A vitória no leilão da Fernão Dias, realizado na quinta-feira (11), representou um avanço estratégico para a Motiva (MOTV3), consolidando sua capacidade de identificar e capturar oportunidades no cronograma de concessões rodoviárias do governo federal. Segundo análise da Ágora Investimentos, a vitória no certame reforça o posicionamento competitivo da companhia e cria espaço para retornos robustos sem pressionar de forma relevante sua alavancagem consolidada.

A Motiva venceu o leilão para assumir a concessão da rodovia, anteriormente operada pela Arteris. O contrato prevê um desconto de 17,05% na tarifa de pedágio, concessão de 15 anos e um plano de investimentos estimado em R$ 9,5 bilhões, considerando valores de março de 2023.

Entre os principais termos definidos estão reajustes escalonados nas tarifas, pagamento de indenização de R$ 295 milhões ao antigo concessionário e assunção de uma dívida líquida de R$ 502 milhões.

Leilão da Fernão Dias: Motiva sinaliza possibilidade de alavancagem inferior a investimentos

De acordo com o relatório, a companhia sinalizou expectativa de manter alavancagem inferior a 80% dos investimentos, sustentada por ganhos de eficiência, forte geração de caixa e pela estrutura de engenharia já contratada — incluindo licenças necessárias para a execução das obras. A combinação desses fatores contribui para reduzir riscos operacionais no início do novo ciclo de concessão.

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A Ágora estima uma TIR real alavancada próxima de 20% para a Motiva, o que resultaria em um valor presente líquido de cerca de R$ 450 milhões, equivalente a aproximadamente R$ 0,20 por ação — ou 1,4% do preço atual. Com impacto limitado na estrutura de capital, a empresa deve continuar apta a disputar novos ativos previstos no calendário de concessões, como a Régis Bittencourt e a Rota Mogiana, ambas programadas para 2026.

A recomendação da casa permanece em compra, com preço-alvo de R$ 19 para o fim de 2026 e potencial adicional derivado de futuros reequilíbrios contratuais.

BTG vê menor risco de execução

O BTG Pactual (BPAC11) avaliou que o ativo é considerado estratégico por conectar São Paulo a Belo Horizonte, dois dos principais polos econômicos do país, além de concentrar elevado fluxo de veículos pesados — característica que tende a favorecer a previsibilidade de receita e reduzir riscos operacionais.

Por se tratar de um projeto maduro, a concessão apresenta menor risco de execução, fator que pesou positivamente na avaliação dos investidores. Segundo estimativas da companhia, a TIR real deve superar 14% na estrutura não alavancada, alcançando patamar superior a 20% quando considerados os efeitos da alavancagem. As projeções são sustentadas por sinergias operacionais, ganhos de eficiência e por uma estrutura de capital mais robusta.

O modelo contratual prevê reajustes escalonados na tarifa de pedágio e mecanismos de compartilhamento de risco, instrumentos que ajudam a equilibrar a relação entre investimentos obrigatórios e a sustentabilidade financeira da operação ao longo das próximas duas décadas. Ainda assim, o desconto agressivo oferecido no certame levantou questionamentos sobre as premissas de eficiência que embasam o plano econômico da Motiva.

Analistas do BTG ponderam que o histórico recente da companhia na execução de projetos de infraestrutura contribui para mitigar parte das dúvidas do mercado. A expectativa, agora, é que investidores acompanhem de perto o ritmo de implantação das melhorias previstas e a agenda de eficiência operacional — elementos considerados essenciais para validar as projeções de retorno apresentadas.

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