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Trump proíbe venda de chips da Nvidia para a China

Trump proíbe venda de chips da Nvidia para a China

Donald Trump anunciou novas restrições à exportação de chips de inteligência artificial ao mercado chinês.

Em mais um capítulo da crescente disputa tecnológica entre Estados Unidos e China, o governo norte-americano, liderado por Donald Trump, anunciou novas restrições à exportação de chips de inteligência artificial ao mercado chinês. A decisão afeta diretamente a gigante Nvidia, que agora precisará de uma licença especial para vender o chip H20 — desenvolvido justamente para se adequar às regras anteriores da administração Biden — a clientes chineses.

A medida, confirmada pelo Departamento de Comércio ao Financial Times, também se estende a chips da AMD, como o modelo MI308, e não tem prazo definido para expiração.

A Nvidia afirmou que as novas exigências foram comunicadas em 9 de abril e que o impacto nas finanças será significativo: a companhia estima perdas de US$ 5,5 bilhões no trimestre encerrado em 27 de abril, envolvendo estoques, compromissos de compra e reservas associadas ao H20.

O anúncio provocou uma reação imediata nos mercados. A Nvidia viu seus papéis recuarem 6,31% no after market, e a AMD perdeu quase 6% no pré-mercado.

Na Europa, a fabricante holandesa ASML registrou queda de 6% após divulgar números de pedidos abaixo do esperado. Já na Ásia, gigantes como Alibaba, Baidu e Tencent, grandes compradoras de chips de IA, tiveram perdas entre 2% e 4% em Hong Kong.

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Apesar do golpe, a Nvidia anunciou recentemente que planeja investir até US$ 500 bilhões em infraestrutura de inteligência artificial nos EUA nos próximos quatro anos. O aporte será realizado em parceria com a TSMC e a Foxconn.

Trump proíbe venda de chips da Nvidia à China: guerra fria digital

As tensões entre Washington e Pequim em torno do controle de tecnologias estratégicas vêm se aprofundando desde o primeiro mandato de Trump e ganharam novos contornos com a corrida global por supremacia em IA. A série de restrições dos EUA tem como objetivo evitar que os chips mais avançados sejam usados pelo governo chinês ou por empresas ligadas a ele.

O chip H20, agora atingido pelas novas sanções, foi projetado justamente para atender ao limite técnico permitido pelas regras anteriores. A peça se tornou fundamental para empresas chinesas como Alibaba, Tencent e ByteDance, que enfrentam crescente demanda por chips de baixo custo voltados a modelos de IA como os da startup DeepSeek. Analistas estimam que a Nvidia poderia faturar até US$ 17 bilhões com o mercado chinês neste ano fiscal — sendo US$ 12 bilhões apenas com o H20.

Retaliações e contradições

Na guerra comercial, a China também vem impondo limitações comerciais. O governo chinês ordenou que companhias aéreas do país suspendam a compra de jatos da Boeing e evitem adquirir peças e equipamentos de empresas americanas — uma medida que pode elevar os custos operacionais das companhias locais e acirrar ainda mais os ânimos entre as duas potências.

Divulgado nesta madrugada, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu 5,4% no primeiro trimestre, acima das expectativas, impulsionado por uma produção industrial 7,7% maior em março e alta de 5,9% nas vendas do varejo. No entanto, os bons números foram ofuscados pela escalada da guerra comercial.

Nos Estados Unidos, o governo Trump sinalizou uma possível flexibilização temporária de tarifas sobre autopeças e prometeu reforçar a regulação dos setores farmacêutico e de semicondutores, numa tentativa de conter o impacto negativo nos mercados e no consumo doméstico.

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