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Threads: novo aplicativo impulsiona Meta e agita mercado de big techs

Threads: novo aplicativo impulsiona Meta e agita mercado de big techs

Há menos de uma semana no ar, o Threads, novo aplicativo lançado pela Meta ($META; $M1TA34) provocou uma forte agitação no mercado das big techs, já acumula milhões de usuários, impulsionou uma alta nas cotações da empresa e passou a sofrer ameaças de processo de seu principal concorrente direto, o Twitter, sob a acusação de roubo se informações comerciais.

Threads: o que é e como entrar?

De acordo com o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, o Threads já no fim de semana acumulou cerca de 100 milhões de usuários, o que a torna a rede social de crescimento mais acelerado na breve história do setor.

Para isso, o aplicativo contou com uma vantagem: a base de usuários do Instagram. Quem já tinha conta lá e baixou o Threads precisou de apenas dois ou três toques na tela, de forma bem simples, para não apenas entrar na nova rede como seguir os perfis que já acompanhava na rede baseada em fotos e vídeos curtos.

O Threads, por ora, se posiciona como uma rede voltada apenas para o uso por celular, tanto que o acesso via navegador mostra apenas um QR Code que leva às lojas de aplicativo para dispositivos móveis,

Tel do Threads em acesso por computador
Imagem do Threads em desktop (Foto: Reprodução)

Como uma série de perfis de influenciadores já haviam sido criados anteriormente, por convite da empresa, a nova rede já nasceu movimentada, com postagens e debates. Ainda que alguns usuários tenham reclamado da navegabilidade, similar ao Instagram, baseada mais em algoritmo do que numa linha do tempo cronológica, como o Twitter, no geral a ideia de executivos da Meta de apresentar a nova rede como “um lugar mais amigável para pessoas que nunca se sentiram acolhidas no Twitter”, definição do head do Instagram, Adam Mosseri, parece ter funcionado.

Dados da empresa Cloudflare mostraram que o tráfego no Twitter caiu 5% no último fim de semana em relação ao anterior, antes do lançamento do Threads – e que já havia sido um fim de semana ruim porque o Twitter havia limitado o acesso de perfis gratuitos por alguns momentos diante de problemas de conexão causados por um atraso nos pagamentos do serviço de hospedagem Google Cloud, da Alphabet.

Threads: a reação do Twitter

É claro que Elon Musk não ia aceitar passivamente a rápida ascensão dos Threads. Além de agressões verbais a Mark Zuckerberg e de reforçar o desafio à disputa de uma luta de MMA entre os dois, o Twitter acusou formalmente a rede rival de roubo de segredos comerciais por meio da contratação de ex-funcionários de sua empresa.

Por meio de carta registrada assinada pelo advogado pessoal de Musk, Alex Spiro, o Twitter acusa ex-funcionários que continuarem tendo acesso a segredos técnicos e comerciais da empresa e ameaça entrar na Justiça para questionar a propriedade intelectual da plataforma.

Não é a primeira vez que a Meta tem que lidar com esse tipo de acusação. No ano passado, a empresa teve de pagar mais de US$ 170 milhões como indenização à Voxer sob acusação de plágio em sua ferramenta de transmissões e reuniões ao vivo.

A Meta já enfrentou acusações similares em relação aos stories, usados em seus principais aplicativos e que foram uma inovação do Snapchat, empresa que recusou proposta de compra feita por Zuckerberg e viu seu valor de mercado despencar assim que os recursos foram adotados pela gigante. Já os reels, vídeos curtos em formato vertical que hoje dominam boa parte do conteúdo postado no Instagram, originalmente uma rede de fotos, têm clara inspiração no formato lançado pelo chinês TikTok.

Até mesmo o nome do novo aplicativo foi contestado, já que a palavra “threads”, “fios” em inglês, era usada por usuários do Twitter para definir uma sequência de postagens interligadas dentro de um mesmo raciocínio, a fim de superar o limite de 280 caracteres. Limite, aliás, que foi expandido para 500 caracteres no Threads..

Threads: estratégia acelerada pela concorrência

A Meta acelerou a ideia de criar seu concorrente direto ao Twitter depois do descontentamento de parte dos usuários da rede desde que Elon Musk assumiu sua propriedade e seu comando, em outubro de 2022, ao efetivar a transação que havia proposto no primeiro semestre: o bilionário sul-africano comprou todas as ações do mercado por cerca de US$ 43 bilhões e fechou o capital da empresa. 

Ao assumir a gestão com foco na ampliação do faturamento, Musk passou a cobrar pelos selos azuis, que serviam como fator de verificação de identidade e passaram a ser oferecidos a qualquer perfil por US$ 8 mensais.

Os selos oferecem prioridades no uso, como mais facilidade de aparição no feed de quem opta por recomendações da plataforma, a possibilidade de tuítes de tamanho ilimitado e de poder usar ferramentas como o Tweetdeck, que conta com recursos adicionais de gerenciamento de contas.

Todo esse descontentamento fez a Meta acelerar os planos e colocar o Threads no ar em tempo recorde, aproveitando a base de usuários de outra plataforma, o Instagram, para nascer gigante. E isso, claro, impactou o valor de mercado da empresa.

Threads: veja como investir na Meta (META, M1TA34)

A Meta tem suas ações negociadas na Nasdaq, e os papéis mantiveram a tendência de alta mostrada desde o início do ano – a valorização acumulada passa de 130% e as ações estão perto de alcançar a marca de US$ 300, o que não acontece desde 2021, quando a empresa teve seu auge de mercado, sendo negociada acima dos US$ 370.

Threads: Cotações da Meta na Nasdaq ao longo dos últimos cinco anos
Fonte: Google Finance

O investidor que tiver interesse em comprar ações da Meta direto na bolsa norte-americana precisa ter conta em uma corretora local e, para isso, pode contar com o suporte da EQI Internacional, que presta serviço de assessoria de investimentos nos Estados Unidos. 

Para o cliente de varejo, a opção mais indicada é a abertura de contas na corretora Avenue. A empresa tem um contrato de “foreign finder” em que reguladores americanos e brasileiros autorizam a EQI Investimentos a indicar clientes para a Avenue e dar suporte comercial a eles. A solicitação de abertura de conta de investimentos é feita de forma 100% online e gratuita. 

Clientes com patrimônio mais robusto podem ter acesso ao BTG Miami. Neste caso, o investidor da EQI deve acionar diretamente seu assessor de investimentos para a realização de todo o processo.

Mas também é possível investir na Meta sem sair do Brasil por meio dos BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da empresa da empresa, que são negociados na B3 a bolsa de valores brasileira. Os BDRS são certificados que representam ações emitidas em outros países. Quem adquire um BDR está, indiretamente, participando de uma empresa no exterior.

Funciona mais ou menos como um fundo de investimento. A instituição emissora adquire várias ações de empresas estrangeiras. Então, depois monta um “pacote” e vende partes dele aos investidores. Logo, esses títulos são como cotas. As cotações são independentes, mas costumam seguir o ritmo do mercado internacional.

Os papéis, com o ticket M1TA34, acumulam mais de 120% de valorização neste ano e também se encontram em valores próximos aos de janeiro de 2022, a caminho do auge histórico, acima de R$ 70.

Threads: Cotações dos BDRs da Meta na B3 ao longo dos últimos cinco anos
Fonte: Google Finance