A gigante petrolífera britânica Shell (LON: SHEL) registrou um lucro de US$ 6,3 bilhões no segundo trimestre de 2024 (2TRI24), em uma queda de 19% em relação ao 1TRI24, porém acima das projeções do mercado financeiro. O resultado foi impactado por margens de refino mais baixas e pelo enfraquecimento do comércio de gás natural e petróleo.
Para o 2TRI24, analistas projetavam um lucro de US$ 5,9 bilhões para a Shell, segundo estimativas compiladas pela LSEG. A empresa reportou um lucro ajustado de US$ 7,7 bilhões no primeiro trimestre de 2024.
Apesar da queda na base trimestral, em comparação com o mesmo período do ano passado, o lucro da Shell foi aproximadamente 25% maior. O resultado mostra sinais de que a iniciativa do CEO Wael Sawan, de cortar custos, tem apresentado progresso para os números.
Em entrevista à CNBC, o executivo disse: “Estamos em uma boa posição e em um bom momento pelo que vemos, mas ainda há muito a fazer“.
Sawan citou “melhorias significativas” em áreas como custo, disciplina de capital e desempenho operacional. A empresa reduziu custos em cerca de US$ 1,7 bilhão, desde o anúncio em 2022. Apenas no primeiro semestre deste ano, os cortes foram em US$ 700 milhões. A meta até o final do próximo ano é ter economia de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões.
As principais empresas de petróleo e gás da Europa têm registrado margens de refino mais baixas no 2TRI24, após dois anos de lucros extremamente elevados.
“Estamos vendo o sistema de energia voltar ao nível normalizado pré-2022“, disse Sawan. Os preços de energia subiram em 2022 após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o que levou os lucros das empresas de petróleo e gás a níveis recordes.
Shell anuncia programa de recompra de ações
A Shell também anunciou um programa de recompra de ações em US$ 3,5 bilhões para os próximos três meses, em um valor similar ao do trimestre anterior.
Os dividendos anunciados pela Shell permaneceram inalterados, em US$ 0,34 por ação.