Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Notícias
Recompra de ações: como funciona esse programa? Saiba aqui!

Recompra de ações: como funciona esse programa? Saiba aqui!

Um programa de recompra de ações tem a capacidade de valorizar o papel em um mercado que muitas vezes está em baixa. Nesses períodos, é relativamente comum as empresas declararem tal intenção, pois a remuneração para o investidor aumenta e isso pode atrair mais pessoas interessadas no papel.

Para entender melhor esse assunto, o artigo abaixo pontua diversas considerações importantes a respeito do tema. Siga na leitura e aprenda de vez o que é e como funciona a recompra de ações!

O que é um programa de recompra de ações?

A toda empresa de capital aberto é facultada uma operação em bolsa muito conhecida dos investidores em geral: a compra de ações.

No entanto, quando falamos de um programa de recompra estamos especificando alguns pontos que devem seguir a Instrução nº 10 da Comissão de Valores Mobiliários, a CVM. Essa normativa data do ano de 1980.

Por meio dela, é possível que as companhias listadas em bolsa comprem suas próprias ações emitidas tempos atrás.

Publicidade
Publicidade

É exatamente por esta razão que o programa se chama “recompra”, pois a empresa comprará um título que ela mesmo emitiu.

Existem diversos motivos para uma organização proceder a este mecanismo. Ele é mais comum do que se pensa e é bastante praticado nos EUA.

Por meio de informações divulgadas pela própria B3 (B3SA3), a bolsa de valores do Brasil, notou-se um aumento significativo no número de pedidos de recompra.

Em tempos de crise econômica não é raro constatar o aumento desse tipo de pedido.

Como funciona a recompra de ações?

A recompra de ações precisa obedecer alguns critérios para ser levada à cabo. O primeiro deles é a apresentação do programa junto ao Conselho de Administração da organização, com vistas a sua aprovação.

Após a aprovação interna, o pedido deve ser levado à CVM para apreciação. segundo sua normativa, alguns pré-requisitos devem ser mantidos para que a iniciativa seja aprovada.

A primeira é que o máximo percentual de recompra permitido é de 10% do total de ações existentes no mercado. O programa não pode prever uma operação com um percentual maior do que este.

Além disso, é preciso haver recursos disponíveis em caixa. Isso quer dizer que a companhia deve custear a operação com recursos próprios, nada de financiamento externo.

Após o programa ser aprovado, a empresa tem um prazo máximo de 1 ano para efetuar a recompra. No entanto, ela não tem a obrigação de fazer a operação dentro desse prazo, tem apenas a opção de fazê-lo.

Em se realizando a recompra, a companhia tem duas opções: uma delas é cancelar as ações emitidas, pois assim os títulos restantes ganharão mais valor.

Já a outra alternativa é mantê-las em tesouraria para uma venda futura, se a empresa tiver motivos suficientes para entender que o preço se valorizará no futuro. Isso gerará um ganho de capital para a companhia.

Por quais motivos pode acontecer uma recompra de ações?

Veja a seguir os principais motivos pelos quais pode ocorrer a recompra de ações. Confira:

Aumento de resultado

Um programa de recompra de ações pode ser implementado para melhorar a remuneração dos acionistas. Com menos papéis em circulação, o valor pago a título de provento por cada ação aumenta, trazendo maiores retornos ao investidor. Isso pode acabar atraindo novos interessados, o que elevará o preço dos papéis.

Utilização de caixa excedente

Boas companhias tendem a ter um fluxo de caixa positivo. Isso quer dizer que com o passar do tempo, mais dinheiro fica retido para fazer investimentos ou outro tipo de operações. Neste último caso, o recurso pode muito bem ser usado para fazer a recompra de ações da própria empresa.

Programa de stock option

Em companhias que aderem a programas de stock option, a remuneração de altos executivos prevê o pagamento na forma de opções de compra de ações. Para exercer esse direito, a empresa pode optar pelo programa de recompra de forma a garantir o direito de compra desses colaboradores.

Quais são as consequências de uma recompra de ações?

Acompanhe as consequências da recompra para as empresas e para o investidor.

Companhia

A empresa que realiza uma recompra de ações pode ser beneficiada de inúmeras formas, além de promover a proteção do seu próprio negócio.

No primeiro caso, pode haver um expressivo ganho na alienação das ações recompradas. Ou seja, na venda dessas ações.

Para que isso aconteça, as previsões da companhia precisam se concretizar. Ora, se a recompra foi feita é porque pode ser que a empresa entendeu que o preço dos papéis estavam muito descontados.

Se os indicadores financeiros da empresa forem bons, é natural que as ações se valorizem com o tempo. Assim, ela pode ter lucro na venda.

Além disso, a recompra serve também para controle do capital social da companhia de forma que um único acionista externo não tenha a maioria dos papéis lançados no mercado.

Isso faria com que as decisões mais importantes fossem tomadas pelo acionista majoritário, e não pelo conselho da empresa.

Essa é, portanto, uma forma que as companhias de capital aberto têm para se proteger da perda de controle das decisões.

Investidor

Para o investidor que mantém suas ações mesmo após um programa de recompra ser anunciado, os ganhos podem ser notáveis.

O principal deles é em relação aos dividendos recebidos. Como a base acionária distribuída no mercado é menor, o valor pago por cada ação inevitavelmente é maior.

Isso favorece o retorno do investidor sobre o capital investido, o que é muito bom.

Além disso, há de se considerar também a valorização dos papéis. Todo dividendo pago por uma empresa de capital aberto tende a ser incorporado no valor da ação.

Dessa forma, também pode-se prever o aumento na cotação do papel ao longo do tempo, e isso também beneficia o investidor na forma de valorização do seu patrimônio.

Um programa de recompra de ações pode trazer grandes benefícios para todas as partes envolvidas. Se por um lado a empresa pode ganhar na alienação das cotas em um momento futuro, por outro o investidor ganha mais dividendos pelo fato de haver menos ações distribuídas no mercado secundário.