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Nvidia: justiça dos EUA investiga empresa

Nvidia: justiça dos EUA investiga empresa

O Departamento de Justiça dos EUA (DOJ, na sigla em inglês) emitiu intimações à Nvidia (NVDA; NVDC34) e outras empresas em busca de provas de que a fabricante de chips pode ter violado leis antitruste, intensificando sua investigação sobre a principal fornecedora de processadores de inteligência artificial (IA).

Após questionamentos anteriores, o DOJ agora está enviando solicitações legalmente vinculantes para que as empresas forneçam informações. Esse movimento indica que o governo está se aproximando de apresentar uma acusação formal.

Os investigadores estão preocupados que a Nvidia esteja dificultando a migração para outros fornecedores e penalizando clientes que não compram exclusivamente seus chips de IA.

As ações da Nvidia, que já haviam sofrido uma queda significativa na terça-feira (3), recuaram ainda mais após a divulgação das intimações pela Bloomberg. No entanto, os papéis da empresa mais que dobraram neste ano, impulsionados pelo crescimento acelerado nas vendas da fabricante de chips, com sede em Santa Clara, Califórnia.

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Nvidia: liderança por qualidade

Questionada sobre o caso, a Nvidia afirmou que sua liderança de mercado resulta da qualidade de seus produtos, destacando que eles oferecem o melhor desempenho disponível.

“A Nvidia se destaca por mérito, como comprovam nossos resultados de benchmark e o valor que entregamos aos clientes, que têm liberdade para escolher a solução mais adequada às suas necessidades”, afirmou a empresa em comunicado.

A Nvidia vem atraindo atenção regulatória desde que se tornou a fabricante de chips mais valiosa do mundo e uma das maiores beneficiárias do aumento exponencial de investimentos em IA. Suas vendas têm dobrado a cada trimestre, superando empresas tradicionais do setor, como a Intel.

No âmbito da investigação do DOJ, os reguladores estão analisando a recente aquisição da RunAI pela Nvidia, anunciada em abril. A RunAI desenvolve software para gestão de computação em IA, e há preocupações de que essa parceria possa dificultar a transição de clientes para chips de outras marcas.

Os reguladores também estão investigando se a Nvidia oferece vantagens em preços e fornecimento a clientes que optam exclusivamente por sua tecnologia ou compram sistemas completos.

Fundada em 1993, a Nvidia inicialmente ganhou destaque com placas gráficas voltadas para gamers, mas sua tecnologia de chips se mostrou fundamental para o desenvolvimento de modelos de IA, que requerem enormes volumes de dados. A empresa expandiu rapidamente sua linha de produtos, incluindo software, servidores e serviços de rede, tudo com o objetivo de acelerar a implementação da IA.

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, afirmou que prioriza clientes que podem utilizar seus produtos de forma imediata em data centers prontos para uso, uma política que visa evitar excesso de estoque e promover a adoção acelerada da IA.

O sucesso da Nvidia, aliado às dificuldades dos concorrentes em lançar chips alternativos, tornou a empresa uma peça fundamental na cadeia de suprimentos de grandes corporações globais. Microsoft e Meta, por exemplo, gastam mais de 40% de seus orçamentos de hardware com equipamentos da Nvidia. Durante a escassez do acelerador H100, o preço de componentes individuais chegou a US$ 90 mil.

Analistas projetam que a Nvidia atinja US$ 120,8 bilhões em receita em 2024, um salto significativo em comparação aos US$ 16 bilhões de 2020, sendo a maior parte dessa receita proveniente de sua unidade de data center. A expectativa é que a empresa gere mais lucros neste ano do que as receitas totais de sua maior concorrente, a AMD.

Além disso, há preocupações regulatórias mais amplas em torno das práticas da Nvidia, já que o acesso às capacidades de IA se tornou um tema central para governos globais, dada a importância crescente da tecnologia para a segurança nacional e a economia.

Ações da Nvidia caem quase 10%

As ações da Nvidia despencaram quase 10% na terça-feira (3), resultando em uma perda de quase US$ 300 bilhões no valor de mercado em um só dia. Essa queda arrastou em bloco todo o setor de tecnologia, provocando uma onda de vendas dos papéis de outras grandes fabricantes de chips e culminou no pior dia do índice VanEck Semiconductor ETF (SMH) desde março de 2020.

Entre as empresas impactadas, a Intel viu suas ações caírem quase 8%, enquanto a Marvell perdeu 8,2% e a Broadcom recuou cerca de 6%. A AMD e a Qualcomm também não escaparam da turbulência, com quedas de 7,8% e 7%, respectivamente.

O índice SMH, que acompanha o desempenho das ações de semicondutores, registrou uma queda de 7,5%, refletindo o pânico entre os investidores.

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