A Meta (META; $M1TA34) reportou um lucro por ação de US$ 7,14, superando com folga a projeção de US$ 5,92, segundo dados da LSEG. A receita da big tech no período totalizou US$ 47,52 bilhões, também acima dos US$ 44,80 bilhões estimados por analistas.
Para o terceiro trimestre, a companhia prevê receitas entre US$ 47,5 bilhões e US$ 50,5 bilhões, acima da projeção média de US$ 46,14 bilhões. A receita de publicidade — carro-chefe do negócio — atingiu US$ 46,56 bilhões, superando os US$ 43,97 bilhões esperados.
Apesar do resultado robusto, os custos e despesas totais no segundo trimestre somaram US$ 27,07 bilhões, um aumento de 12% em relação ao ano anterior. A empresa elevou suas projeções de despesas para o ano de 2025, estimando agora um intervalo entre US$ 114 bilhões e US$ 118 bilhões.
Lucro da Meta: empreas eleva previsão de despesas
A Meta também ajustou sua previsão de despesas de capital, que agora devem ficar entre US$ 66 bilhões e US$ 72 bilhões — acima do piso anterior de US$ 64 bilhões. A companhia explicou que a remuneração relacionada à contratação será o segundo maior impulsionador do crescimento e indicou que a taxa de crescimento de despesas anualizada em 2026 será maior que a de 2025.
Um dos principais pontos de atenção do balanço foi o desempenho da Reality Labs, unidade voltada a tecnologias de realidade virtual e aumentada. O segmento registrou prejuízo operacional de US$ 4,53 bilhões sobre uma receita de US$ 370 milhões. Ainda assim, as perdas foram menores do que o esperado por Wall Street.
O número de usuários ativos diários na família de aplicativos da Meta cresceu para 3,48 bilhões, superando a previsão de 3,45 bilhões e também o número do trimestre anterior, de 3,43 bilhões.
A empresa também intensificou seus investimentos em inteligência artificial. Em junho, anunciou aporte de US$ 14,3 bilhões na startup Scale AI, contratando o CEO Alexandr Wang para liderar o novo Meta Superintelligence Labs como diretor de IA. A mudança faz parte de uma reformulação da estratégia após a recepção morna ao modelo Llama 4.
Em uma carta publicada nesta quarta, o CEO Mark Zuckerberg compartilhou sua visão de uma “superinteligência pessoal”. Segundo ele, a Meta pretende desenvolver tecnologias que priorizem o empoderamento individual em vez de soluções voltadas apenas à eficiência automatizada.
“Tivemos um trimestre forte tanto em termos de negócios quanto de comunidade”, afirmou Zuckerberg. “Estou animado para construir uma superinteligência pessoal para todos no mundo.”
Apesar da ausência de uma previsão para o quarto trimestre, a Meta alertou que o ritmo de crescimento anual das receitas poderá desacelerar no fim do ano, devido a uma base de comparação mais forte no quarto trimestre de 2024.