A fintech sueca Klarna deu início ao seu aguardado processo de abertura de capital nos Estados Unidos, buscando levantar até US$ 1,27 bilhão com a venda de 34,3 milhões de ações. O preço deve variar entre US$ 35 e US$ 37 por papel, em uma avaliação que coloca o valor da empresa entre US$ 13 bilhões e US$ 14 bilhões. A listagem será feita na Bolsa de Nova Iorque, sob o símbolo KLAR.
A estreia marca um passo importante para a empresa que se consolidou no setor de “compre agora, pague depois” (BNPL, na sigla em inglês). A Klarna chega ao IPO em meio a um ambiente de recuperação no mercado de ofertas públicas, embalado por estreias de empresas como Figma e Circle, que registraram fortes ganhos após sua entrada no pregão.
Entre os principais coordenadores da oferta estão Goldman Sachs, J.P. Morgan e Morgan Stanley.
O que motivou o IPO da Klarna?
A Klarna já havia tentado abrir o capital em outras ocasiões. Em abril, a fintech suspendeu seus planos por conta da instabilidade dos mercados globais gerada pelas tarifas comerciais impostas pelos EUA na gestão de Donald Trump. Antes disso, em 2021, a companhia chegou a considerar um IPO com avaliação que poderia chegar a US$ 50 bilhões, mas a volatilidade também a fez recuar.
Agora, a combinação de mercados mais estáveis, aumento de receitas e o crescimento no número de clientes ativos favorecem a retomada do plano. No segundo trimestre de 2025, a empresa reportou receita de US$ 823 milhões, alta de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior, além de um lucro operacional ajustado de US$ 29 milhões. O número de clientes ativos subiu 31% em 12 meses, alcançando 111 milhões de usuários.
Sobre a fintech Klarna
Fundada em 2005 em Estocolmo, a Klarna nasceu com a missão de tornar pagamentos online mais simples, seguros e práticos. Com quase duas décadas de operação, a empresa se tornou uma das líderes globais em soluções financeiras digitais, atendendo mais de 100 milhões de consumidores ativos em 26 países e oferecendo seus serviços em parceria com cerca de 720 mil lojistas.
O modelo que a popularizou é o de parcelamento sem juros e flexibilidade no pagamento, permitindo que os consumidores decidam como e quando quitar suas compras. Além disso, a fintech oferece pagamentos diretos e soluções em um só clique, buscando otimizar a experiência de compra online.
A trajetória da Klarna inclui aquisições estratégicas, como a compra do SOFORT em 2014, que levou à criação do Klarna Group. Com investidores de peso — entre eles Sequoia Capital, Visa, Silver Lake, Ant Group e Atomico —, a companhia consolidou seu espaço no competitivo mercado de tecnologia financeira. Atualmente, realiza mais de 2,9 milhões de transações diárias e emprega cerca de 3.400 pessoas em todo o mundo.
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