A EQI Research divulgou os melhores ativos para investir no exterior em outubro, em uma carteira global que acumula valorização de 8,57% desde o lançamento, em junho. O desempenho supera o benchmark — o ETF AGG (iShares Core U.S. Aggregate Bond ETF) — que registra 4,62% no mesmo período.
Segundo Marink Martins, analista da EQI Research responsável pela estratégia, o resultado reflete o bom momento dos mercados emergentes e a recuperação das ações brasileiras.
“Vivemos um momento de euforia nos mercados de ações globais. O mais importante, neste semestre, é a valorização da moeda chinesa frente ao dólar. Esse é o movimento mais relevante do período”, destacou Martins.
Diversificação e os melhores ativos para investir no exterior
Martins explica que a carteira Global Investor Portfolio é medida em dólares e tem como objetivo garantir diversificação geográfica e cambial — um dos pilares que orientam a escolha dos melhores ativos para investir no exterior.
“O dólar é a reserva de valor global. Os Estados Unidos representam o mercado mais líquido do mundo. Por isso, todos os ativos, com exceção da carteira Buy & Hold Brasil, são negociados diretamente no mercado americano, via ETFs”, afirmou.
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O AGG, usado como referência, reúne títulos de renda fixa de médio prazo e serve como base para comparação de performance. A estratégia da EQI combina exposição a ETFs de ações e renda fixa nos EUA, Europa, Ásia e América Latina, mantendo baixo giro e foco em consistência de resultados.
Mercados emergentes em destaque
O analista observa que outubro foi um mês excepcional para os mercados emergentes, com destaque para o ETF do Peru (EPU), que subiu mais de 30%.
“Não é comum vermos todos os ativos subindo de forma tão expressiva. Esse ritmo tende a se acomodar nos próximos meses”, avaliou.
Martins também reforçou o otimismo em relação aos ativos brasileiros, que avançaram 7,9% no mês e seguem com fundamentos sólidos.
“O otimismo com os ativos brasileiros se mantém inabalado. As ações estão convidativas do ponto de vista fundamentalista e ignoradas em termos de alocação global.”
Premissas e perspectivas para quem busca investir no exterior
O analista afirma que o portfólio está alinhado a teses de médio e longo prazo e que ajustes podem ocorrer conforme o ciclo global muda. Entre as principais premissas, ele destaca:
- Expectativa de um período de “dólar fraco”, que favorece emergentes.
- Realocação global de recursos, com saída dos EUA e migração para Ásia e Europa.
- Retomada de estratégias baseadas em valor, em vez de momentum.
- Estímulos fiscais na China e na Europa para impulsionar a demanda doméstica.
“Entramos em uma nova era – a Era da Coexistência. O mundo está mais multipolar, com Estados Unidos, China e Europa compartilhando protagonismo econômico”, afirmou Martins.
Ele também destacou que o Federal Reserve iniciou um ciclo de cortes de juros, com possibilidade de levar a taxa básica americana a 3% nos próximos 12 meses, o que tende a impulsionar ainda mais os ativos de risco e ampliar o apelo dos melhores ativos para investir no exterior.
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Foco em valor e oportunidades no Brasil
Segundo Martins, o cenário atual favorece ações de empresas ligadas a valor, como bancos e companhias de commodities, além de ativos com fundamentos sólidos.
“O lucro do Ibovespa cresce a despeito do mau humor dos agentes. As bases acionárias estão concentradas e o dinheiro segue preso na renda fixa. Quem tinha que vender já vendeu”, destacou.
Entre os sete argumentos que sustentam seu otimismo com o Brasil, o analista cita:
- Menor dependência externa e fundamentos robustos.
- Subalocação estrangeira no mercado brasileiro, com potencial de expansão.
- Baixa volatilidade implícita do Ibovespa frente ao S&P 500, o que sugere menor risco percebido.
Os 10 melhores ativos para investir no exterior em 2025
Com base na composição da carteira Global Investor Portfolio, a EQI Research destacou os 10 melhores ativos para investir no exterior neste fim de ano, todos com boa performance e potencial de diversificação:
Região | Ativo | Descrição | Variação acumulada |
|---|---|---|---|
| EUA | AGG | iShares Core U.S. Aggregate Bond ETF | 2,51% |
| Europa | EUFN | European Banks ETF | 7,86% |
| Europa | OEFA | Europe Quality + Dividend ETF | 1,68% |
| China | FXI | iShares China Large Cap ETF | 8,54% |
| Japão | EWJ | MSCI Japan ETF | 6,24% |
| Sudeste Asiático | ASEA | ETF Southeast Asia | 11,27% |
| América Latina | ARGT | ETF Argentina | 23,61% |
| América Latina | COLX | ETF Colômbia | 8,14% |
| América Latina | EPU | ETF Peru | 30,11% |
| Brasil | Buy & Hold EQI | Carteira de ações da EQI Research | 7,90% |
Veja mais detalhes da análise de Martins e a carteira internacional da EQI Research clicando aqui.





