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EUA antes da recessão:  hora de buscar (excelentes) rendimentos em dólar

EUA antes da recessão:  hora de buscar (excelentes) rendimentos em dólar

Olá, Investidor Inteligente!

As taxas de juros no Brasil (à vista e futuras) dependem também das taxas de juros dos EUA – que é a taxa de juros referência para o mundo todo.

Quando os juros caem por lá, abre-se espaço para caírem por aqui.

Por isso, é essencial olharmos para o exterior com certa frequência.

As últimas semanas giraram em torno do debate do teto de gastos

De tempos em tempos, o endividamento e os gastos públicos dos EUA atingem um limite que precisa ser renegociado entre o governo e os congressistas.

Desta vez, a negociação demorou mais do que o normal e fez o preço do CDS (Credit Default Swap) disparar:

gráfico CDS

Fonte: Investing.com

O preço do CDS, que é uma espécie de seguro contra calote, saiu de 13 dólares no início do ano para 140 dólares.

Nesta sexta-feira (2), veio a notícia de que democratas e republicanos chegaram a um acordo e que o problema está resolvido.

Nesse assunto a “briga” é grande, porque ano que vem teremos eleições nos EUA e esse acordo poderá ajudar um lado ou o outro a se eleger:

(1) se abrirem espaço para maiores gastos do governo, os democratas deverão se beneficiar com uma melhora do ambiente econômico de curto prazo;

(2) se cortarem gastos, os republicanos deverão se beneficiar com a piora econômica de curto prazo e as “contas mais arrumadas” em um possível novo mandato.

título de matéria jornalística

Fonte: Brasil de Fato

O fato é que o governo norte-americano está preocupado com uma possível recessão que vem se desenhando.

E não digo somente “possível” como também “muito provável”.

Observe o gráfico abaixo da taxa de juros básica da economia norte-americana (a chamada Federal Funds Rate):

Fonte: https://fred.stlouisfed.org/series/DFF

A linha azul representa a taxa de juros, que hoje está por volta de 5% a.a.

As áreas em cinza representam os períodos de recessão que a economia norte-americana passou.

Podemos notar que nos últimos 30 anos, após TODAS as altas de juros, vieram recessões…

Essas recessões podem ser curtas, como foi o caso da que sucedeu a crise da COVID (em 2020)…

título de matéria jornalística

Fonte: Agência Brasil

Ou longas, como a crise do Subprime (após 2008).

foto falência Lehman Brothers

Foto: Oli Scarff / Equipe/Getty Images 

É impossível saber ao certo quanto tempo vai durar a recessão, que ainda nem bem começou nos EUA…

E aí vem a pergunta:

Diante dessa “muito provável” redução da atividade econômica nos EUA, o que é melhor comprar: renda fixa ou renda variável?

Ao que tudo indica, no momento atual, nos EUA é hora de você aproveitar os “gordos rendimentos em juros”.

Olhe novamente para o gráfico anterior.

A taxa de juros está no mesmo patamar do topo de 2008 e muito próxima do topo de 2001.

São raros os momentos em que os juros estão tão altos!

E são nesses raros momentos que você pode (ou deve) comprar ativos de renda fixa de qualidade, a taxas altíssimas de retorno em dólar.

O Tesouro Americano, por exemplo, está pagando 4%, 5% ao ano!

E hoje há a oportunidade de se comprar fundos, BONDs, ETFs, etc com retornos estimados acima de 6%, 7%, 8% ao ano (em dólar). 

Muito provavelmente, você, Investidor Inteligente, não verá muitas oportunidades como essa durante a vida!

“Bom, Denys, e as ações? Ouvi dizer que o S&P 500 deu uma bela subida desde outubro de 2022…”

Não temos como afirmar se as ações irão subir ou descer nos próximos meses.

Mas podemos observar as estatísticas.

E trago a você outro dado interessante. Observe:

Tabela com desempenho do S&P antes de uma recessão

Fonte: Bloomberg

Nos EUA e em outros países, uma recessão ocorre quando o PIB cai por dois trimestres consecutivos.

Vale acrescentar que, embora o conceito geral adotado para definir recessões em vários países seja dois declínios trimestrais consecutivos no PIB, existe um adendo nos EUA:

A determinação oficial dos fins e inícios dos ciclos no país é feita por um grupo de acadêmicos do National Bureau of Economic Research, um órgão oficial de pesquisas.

(Para maiores detalhes sobre os períodos recessivos, clique aqui.)

Agora veja…

Nos últimos 100 anos, o S&P nunca atingiu o fundo (em pontuação) antes do início da recessão.

Nas recessões de 1945 e 2020, por exemplo, a pontuação mínima foi após 1 mês de se decretar o início da recessão.

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Já no outro limite, na recessão de 1929, a pontuação mínima do S&P foi atingida somente 34 meses após o início da recessão.

Por esse histórico, talvez, ainda não seja o ponto ideal de exposição ao mercado acionário…

É possível que venha uma queda dos lucros das empresas na economia norte-americana, e a possibilidade de novas quedas das cotações.

Com o cenário de juros perto do ponto de inversão (tanto nos EUA quanto no Brasil), a renda fixa pode ainda render bons frutos.

… basta aproveitar as melhores oportunidades!

Para isso, não deixe de assistir à gravação da nossa live sobre a queda dos juros futuros, enquanto ela ainda está disponível:

>>> CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR

Espero que esse conteúdo continue te ajudando a fazer investimentos cada vez mais inteligentes, melhorando os resultados da sua carteira.

Grande abraço e até a próxima coluna!

Por Denys Wiese, estrategista da EQI Investimentos