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EQI Internacional é destaque no Broadcast

EQI Internacional é destaque no Broadcast

A EQI Internacional é destaque no mercado financeiro brasileiro ao apresentar números expressivos e uma visão estratégica diferenciada para ampliar os investimentos de clientes no exterior. A corretora de valores, que está prestes a atingir a marca de R$ 50 bilhões em volume total sob custódia, acumula atualmente R$ 3 bilhões em recursos de clientes alocados internacionalmente, apenas um ano após estruturar sua área de investimentos no exterior e firmar parceria pioneira com a Avenue no Brasil.

A aposta da empresa está centrada em dois pilares fundamentais: a capacitação técnica de seus assessores de investimentos e a educação financeira dos investidores.

Com essa estratégia bem definida, a expectativa é ambiciosa – dobrar o tamanho da área internacional e fazer com que ela represente cerca de 15% dos ativos sob custódia (AuC) até o final de 2026. Atualmente, esse percentual está em 7%, o que demonstra o potencial de crescimento que a corretora vislumbra para os próximos meses.

Mudança de mentalidade do investidor brasileiro

Caio Tuca, sócio e head da área Internacional da EQI, apresenta um diagnóstico preciso sobre o comportamento do investidor nacional. Em entrevista à Broadcast, ele observa uma contradição interessante no perfil de consumo e investimento dos brasileiros: “O brasileiro finalmente entendeu que é um consumidor global, mas ainda é um investidor local”.

Essa afirmação resume o desafio e a oportunidade que a EQI busca explorar.

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O executivo explica que, embora o gasto e a renda do investidor estejam concentrados no Brasil, parte significativa da cesta de consumo já está dolarizada. Seja na compra de tecnologia, em viagens internacionais ou em produtos importados, o brasileiro consome em dólar sem necessariamente proteger seu patrimônio nessa moeda.

Para Tuca, a solução passa por investir em uma moeda forte, preservando assim o poder de compra. E essa exposição internacional não se limita aos Estados Unidos – o acesso vale para mercados do mundo inteiro.

Até poucos anos atrás, esse tipo de alocação era praticamente inacessível para a maioria dos investidores. Os assessores enfrentavam dificuldades significativas com o acesso a plataformas no exterior, além de processos burocráticos e morosos para abertura de contas internacionais. Essa barreira técnica e operacional deixava uma lacuna importante no portfólio dos clientes brasileiros.

Capacitação massiva de assessores como diferencial competitivo

A EQI Internacional é destaque justamente por ter transformado essa limitação em oportunidade. A corretora investiu em peso na preparação de sua equipe comercial. Dos aproximadamente 800 assessores da casa, mais de 300 já participaram de programas de capacitação no exterior.

“Queremos dar conhecimento para que possam atender o cliente”, afirma Tuca, destacando que esse é o passo fundamental anterior à educação dos próprios investidores.

Essa estratégia de capacitação intensiva permite que os assessores compreendam profundamente os mercados internacionais, os produtos disponíveis e as peculiaridades regulatórias de cada jurisdição. Com isso, eles se tornam aptos a orientar seus clientes de forma técnica e segura, desmistificando o investimento no exterior e tornando-o parte natural do planejamento financeiro.

Educação financeira para quebrar paradigmas

O segundo pilar da estratégia envolve educar os investidores sobre a importância da diversificação internacional, especialmente em um cenário que pode parecer contraditório à primeira vista.

Tuca exemplifica esse desafio educacional: o investidor brasileiro vê a taxa de juros doméstica em 15% ao ano e compara com a renda fixa americana nas máximas históricas de 5,5% ao ano, concluindo precipitadamente que não vale a pena enviar recursos para o exterior.

No entanto, a análise técnica mostra outra realidade. Os investimentos no exterior rendem em dólar, e quando se comparam os dados dos últimos anos, o retorno em moeda forte frequentemente supera o ganho nominal em reais, especialmente considerando a desvalorização cambial e o risco-país.

“Isso é fazer o ‘educacional'”, resume o executivo, destacando a importância de ensinar aos investidores como fazer comparações adequadas entre mercados com moedas e riscos diferentes.

Investimento internacional para todos os perfis

Outro ponto da EQI Internacional que é destaque é a democratização do acesso aos mercados internacionais. Tuca avalia que essa é uma conversa relevante para investidores de todos os perfis de risco, não apenas para aqueles com apetite por maior volatilidade.

Afinal, se o Treasury – título do Tesouro americano – ainda é considerado um ativo livre de risco no mercado global, ele faz sentido até mesmo nas carteiras de investidores conservadores, que tradicionalmente concentram suas aplicações em ativos públicos brasileiros.

A diferença de percepção de risco é um fator crucial nessa análise.

“Um americano ou europeu olha para o título público brasileiro como de alto risco, pois somos um país emergente. A percepção de risco é diferente e aqui ainda temos ‘home bias’ (viés doméstico)”, explica Tuca.

Além disso, ao investir em dólar, o fator de volatilidade do câmbio deixa de ser uma preocupação para o investidor, já que seus rendimentos estão na mesma moeda de referência. Esse aspecto pode ser especialmente confortável para investidores mais avessos a risco.

Ritmo acelerado de crescimento e perspectivas futuras

Os números operacionais confirmam o sucesso da estratégia. A EQI tem registrado uma média de 450 novas aberturas de contas internacionais por mês, um ritmo que Tuca considera reflexo do trabalho estrutural realizado pela empresa. “Muito em breve, para cada conta nacional que abrirmos, teremos uma conta internacional atrelada a ela. Vai ser natural o cliente já pensar, na largada, quanto ele vai ter no Brasil e quanto vai ter lá fora”, projeta o executivo.

Nem mesmo os ruídos externos têm atrapalhado esse crescimento. O head da área Internacional da EQI revela que, no mês anterior à entrevista, a empresa bateu recorde histórico de abertura de contas internacionais. O segredo, segundo ele, está em não tentar fazer movimentos táticos baseados em oportunidades momentâneas de mercado.

“Trazemos conversas estruturais e argumentos técnicos”, explica, enfatizando que a abordagem educacional de longo prazo tem se mostrado mais eficaz do que estratégias oportunistas.

A EQI trabalha atualmente como a maior parceira independente da Avenue, mas também mantém relacionamento com plataformas como BTG Pactual e Morgan Stanley. Clientes de qualquer tíquete podem abrir conta internacional, democratizando o acesso a esses mercados.

Com essa estrutura robusta e a estratégia bem definida de capacitação e educação, a meta de elevar a participação dos investimentos internacionais de 7% para 15% do AuC até o final de 2026 parece não apenas viável, mas parte de uma trajetória natural de amadurecimento do mercado brasileiro de investimentos.

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