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Quais os melhores FIIs de recebíveis para abril?

Quais os melhores FIIs de recebíveis para abril?

O IPCA de março subiu 0,16%, bem abaixo das expectativas de mercado e, com isso, o acumulado de 12 meses da inflação está abaixo do teto da meta, de 3,93%. Apesar da boa notícia inflacionária, o cenário externo tem feito os juros longos subirem. Como ficam os FIIs de recebíveis nesse cenário?

A correlação negativa entre FIIs e a taxa de juros já é bem conhecida pelos investidores, que tendem a direcionar os investimentos para FIIs de tijolo em momentos de queda de juros, com foco em valorização patrimonial e ganho de capital. Mas, a política monetária nos Estados Unidos tem reflexos em economias emergentes, como o Brasil.

Com isso, os juros futuros no Brasil e nos EUA subiram, mas ainda não vimos impacto negativo na precificação dos fundos de tijolo. Por outro lado, estamos diante de um bom cenário também para os fundos de crédito, que entregam taxas de remuneração elevadas e bom nível de risco. Vemos que o IFIX tem entregue bom desempenho, mesmo com os juros longos em ascensão, devido, em parte, a grande contribuição dos FIIs de papel no índice.

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As últimas alocações e emissões de CRIs vem mostrando isso. Com uma política mais restritiva para emissão de CRIs e CRAs (CMN 5.118), e o fim da isenção de imposto em fundos exclusivos e offshore, tende-se a ver um aumento do volume demandado por produtos isentos, tal como os CRIs. O aumento da demanda gera uma compressão das taxas de remuneração, fazendo com que o preço se eleve.

Além disso, o desempenho operacional das empresas tomadoras de crédito, como incorporadoras, tende a se beneficiar com os juros mais baixos, com a diminuição de custos e aumento das vendas.

Onde direcionar os aportes?

Visando direcionar as melhores oportunidades, divulgamos nossos quatro FIIs de papel preferenciais para aportes, independentes da carteira recomendada.

Os fundos recomendados aqui são, na nossa opinião, as melhores opções para aqueles que buscam renda mensal, risco moderado e compras oportunísticas.

Destaques de abril

BCRI11 – Banestes Recebíveis Imobiliários

No relatório de abril, o BCRI atualizou os investidores a respeito de
algumas assembleias que ocorreram no mês.

  • CRI Lote 5: houve a liquidação antecipada para emissão de um novo CRI, com as mesmas características do primeiro, mas em volume maior. O novo CRI já está na carteira do BCRI11.
  • CRI WAM: a operação foi reestruturada, concedendo waiver para o pagamento de juros e amortização até janeiro de 2025. A operação também perdeu a garantia de fiança dos antigos sócios do Grupo WAM com a aprovação da venda das ações da devedora. O BCRI foi contrário às alterações que foram aprovadas.
  • CRI Circuito de Compras: a devedora irá pagar 60% dos juros até dezembro de 2024. Ao longo de 2025, passará a pagar 75% dos juros devidos, que retornará a totalidade em 2026.
  • Além disso, foi concedida a carência de amortização até 18/10/2040, postergando o vencimento do CRI por mais 15 anos. O BCRI também foi voto vencido e as matérias foram aprovadas.

BTCI11 – BTG Pactual Crédito Imobiliário

  • O BTCI11 negociou com relativo deságio nos últimos seis meses, com uma carteira de crédito de risco médio e até 20% em FIIs. Com isso, o FII tem sido uma das nossas principais recomendações no período.
  • Com as recentes altas, o BTCI11 fechou o desconto frente ao valor patrimonial, exigindo do investidor maior cautela de alocação. A carteira permanece saudável e sem grandes alterações.

CPTS11 – Capitânia Securities

  • A gestão continua com o processo de migração do perfil da carteira para um perfil menor de risco, aliada à diminuição do nível de alavancagem.
  • O resultado vem sido visto na remuneração mensal, que cresceu cerca de 25% em 2024.

EQIR11 – EQI Recebíveis Imobiliários

  • O EQIR11 manteve cerca de 94% do patrimônio alocado, com 6% de caixa. A gestão está avaliando novas operações no segmento residencial na faixa de IPCA+8% e IPCA+11% ao ano.
  • Com as recentes quedas no valor de mercado, abre-se a oportunidade de aquisição do EQIR com desconto de quase 10% frente ao valor patrimonial.

KNCR11 – Kinea Rendimentos Imobiliários

O fundo realizou investimentos em CRI no total de R$296 milhões
em março:

  • R$108 milhões no portfólio de ed. Corporativos em São Paulo a CDI+2,25% ao ano.
  • R$100 milhões no CRI do Hotel Hilton Copacabana a CDI+2% ao ano.
  • R$87,8 milhões no CDI MRV Pro Soluto a CDI+2,1% ao ano.
  • O KNCR segue totalmente alocado em CDI, com cupom médio de 2,45% e carteira com baixo risco de crédito. Atentar-se para compras acima do VP, que diminuem a rentabilidade média final.

KNHY11 – Kinea High Yield

O fundo encerrou o período de captação da 1ª série da 6ª emissão de cotas, somando R$1,013 bilhão. O montante captado na fase de direito de preferência (R$280,9 milhões) já foi parcialmente alocado.

  • R$200 milhões no CRI MRV Pro-soluto, a IPCA+10,63% ao ano.
  • R$20 milhões no CRI Desenvolvimento Extrema, a IPCA+13% ao ano.
  • R$10 milhões no Projeto Jardim das Perdizes, a IPCA+14% ao ano.
  • O Fundo possui mais de R$220 milhões em operações em estágio avançado de estruturação, que deverá ser a destinação de parte dos recursos da Oferta. As taxas indicam uma média de IPCA+11% ao ano, além de R$158 milhões em recompra de operações compromissadas.

RBRR11 – RBR Rendimento High Grade

A principal movimentação do mês foi o investimento primário no CRI VBI Scania, cujo devedor é o LVBI11, no montante total de R$90 milhões e remuneração de IPCA + 7,55%.

O Fundo segue realizando a reavaliação de classificação de risco dos CRIs de acordo com metodologia própria. O destaque ficou com o rebaixamento em dois nível do CRI Helbor (de AA- para A), devido à diminuição da liquidez corrente e aumento do índice de alavancagem.

As atualizações não indicam nem buscam antecipar algum tipo de inadimplência, e as operações do Fundo seguem 100% adimplentes.

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