A administração do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, estaria estudando lançar, ainda este ano, uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de gigantes imobiliárias dos EUA, as empresas de crédito imobiliário Fannie Mae e Freddie Mac. As companhias estão, atualmente, sob controle do governo federal.
A operação, segundo fontes ouvidas pelo The Wall Street Journal, poderia avaliar as duas companhias em cerca de US$ 500 bilhões e levantar aproximadamente US$ 30 bilhões com a venda de 5% a 15% do capital.
Ainda não há decisão final sobre o formato da oferta, que pode ser conduzida separadamente para cada instituição ou de forma conjunta. Trump, de acordo com autoridades, segue avaliando as alternativas, em meio a discussões sobre o futuro dessas empresas patrocinadas pelo governo.
Fannie Mae e Freddie Mac: papel central no crédito habitacional
A Fannie Mae e a Freddie Mac desempenham papel central no mercado de crédito habitacional dos EUA, comprando hipotecas no mercado secundário para, posteriormente, convertê-las em títulos garantidos por hipotecas (MBS), vendidos a investidores. Esse mecanismo garante liquidez ao sistema bancário e facilita a concessão de novos financiamentos imobiliários.
As duas instituições foram resgatadas pelo governo em setembro de 2008, durante a crise financeira, e desde então permanecem sob tutela federal. Tentativas do Congresso para reverter essa situação fracassaram repetidas vezes, em meio a preocupações sobre o impacto nos custos das hipotecas e o compromisso com programas de moradia popular.
Segundo o WSJ, os CEOs de seis dos maiores bancos dos EUA — Morgan Stanley, JPMorgan Chase, Goldman Sachs, Citigroup, Wells Fargo e Bank of America — reuniram-se recentemente com Trump para debater o tema. Também participaram de alguns encontros os secretários do Tesouro, Scott Bessent, e do Comércio, Howard Lutnick.
