A Log (LOGG3) projeta o investimento de R$ 4,3 bilhões nos próximos cinco anos para ampliar em 2,7 milhões de metros quadrados a oferta de galpões logísticos em todo o país. Parte do valor deve vir de um projeto de reciclagem do portfólio, com a venda de alguns ativos.
Em evento com investidores e analistas nesta quinta-feira (19), o CEO da empresa, Sergio Fischer, explicou que o cenário de médio e longo prazo já está mais claro, depois de nove meses de novo governo que, após análise do cenário macroeconômico, permitiu “conforto para soltar esses novos investimentos”.
Segundo a Log (LOGG3), a primeira etapa do plano prevê a conclusão de um programa de investimentos chamado “Todos por 1,5”, implantado em 2020 e que previa a entrega de 1,5 milhão de metros quadrados em ABL (área bruta locável) até 2024. Fischer diz que até o fim do próximo ano serão concluídos 14 projetos com mais de 700 mil metros quadrados, sendo que 37% dessas obras já estão pré-locadas.
O ciclo seguinte, de 2025 a 2028, envolverá um investimento de R$ 3,5 bilhões e uma ABL adicional de 2 milhões de metros quadrados, espalhados por 22 cidades brasileiras nas quais a empresa já tem presença.
Segundo o CEO, todas essas praças são mercados de consumo relevantes, com mais de 1 milhão de habitantes, e a meta é reservar um terço dos projetos para o Sudeste, um terço para o Nordeste e o restante para as demais regiões. Segundo ele, especialmente a região Nordeste tem “uma demanda absurda por estrutura de qualidade” e uma possibilidade de aplicar preços de mercado próximos aos de São Paulo.
Para esse novo ciclo, a Log (LOGG3) já tem 400 mil metros quadrados de ABL “dentro de casa” e vai a mercado em busca do volume adicional de 1,6 milhão de metros quadrados. Para viabilizar o valor total, a ideia é vender parte de seu portfólio, aproveitando um cenário de liquidez em que “os fundos imobiliários estão voltando ao mercado e os investidores institucionais buscando nossos ativos”. Quanto à alavancagem, a meta da empresa é não ultrapassar um teto de dívida de R$ 700 milhões.