Um levantamento realizado pela Data Lello, a área de inteligência de dados da imobiliária Lello Imóveis, revelou que houve um crescimento de 80% nos contratos de locação de salas e conjuntos comerciais em São Paulo, no acumulado de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o diretor de estratégia da Lello Imóveis, Raphael Sylvester, o levantamento levou em consideração, além dos contratos de aluguel fechados pela Lello, os dados de outros 40 parceiros.
Esse crescimento teve um impacto positivo em todo o setor de locação comercial, elevando o volume de contratos fechados em 16%.
As salas comerciais, preferidas por autônomos, tiveram um aumento de 27% nas locações durante o período em questão. No entanto, os novos contratos de locação de lojas viram uma queda de 33%.
Falando com o Valor Econômico, Sylvester firmou que um aumento nas locações de salas comerciais era esperado, mas o crescimento de quase 80% foi surpreendente. Ele acredita que a demanda por esse tipo de produto estava represada, e a retomada do trabalho presencial ajudou a explicar o aumento na procura.
Sylvester também ressaltou que o alto crescimento se deve em parte a uma base de comparação fraca entre 2021 e 2022, mas adverte que é improvável que vejamos um cenário semelhante em 2024, embora o crescimento deva continuar, mas em ritmo menor.
O levantamento da Lello também revelou a diferença entre o preço anunciado e o valor final dos contratos. Em média, os inquilinos pagam 17% a menos do que o preço originalmente divulgado para imóveis comerciais.
No caso de salas e conjuntos comerciais, o desconto médio é de 9%, enquanto nos salões comerciais, esse desconto fica em torno de 8%. Já as lojas, que sofreram uma queda na procura, oferecem o maior desconto, com uma redução média de 31%.
Segundo o diretor de estratégia, esse desconto substancial se deve em grande parte às reformas e adaptações que muitas vezes são necessárias nas lojas, afetando o valor final.
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