Ainda uma novidade no mercado, os Fundos Imobiliários (FIIs) Multiestratégia, ou multimercado, combinam diversos produtos, dentre eles Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), ações, cotas de Fundos de Investimento e outros, oferecendo flexibilidade de alocação.
Com teses que buscam mesclar classes de ativos, os FIIs Multiestratégia dão liberdade ao gestor, com o objetivo de obter retornos consistentes e reduzir os riscos através da diversificação. Com eles, é possível prezar pelo patrimônio dos cotistas em momentos de baixa, e potencializar os ganhos em períodos de alta.
“O Multiestratégia vem com um modelo muito diferente dos Fundos de Fundos (FOFS), na nossa visão como gestora. Isso porque não necessariamente os melhores investimentos estarão em Fundos Imobiliários. Então, quando a gente quer alocar capital dos nossos investidores no setor imobiliário, em alguns momentos, os Fundos Imobiliários apresentam grandes oportunidades e em alguns momentos não apresentam as melhores”, conta Marcelo Vainstein, sócio-fundador da Canuma Capital, no Renda Fixa Summit, evento da EQI Investimentos realizado na quinta-feira (15).
Fundos Imobiliários Multiestratégia: universo 5 vezes maior de possibilidades
Para Vainstein, o FOF está limitado ao mercado de Fundos Imobiliários, enquanto o Multiestratégia tem um universo de investimetnos quase cinco vezes maior.
“Os Fundos Imobiliários têm um mercado de em torno de R$ 150 bilhões, cerca de 50% em papel e 50% em tijolos. O Multiestratégia olha cinco vezes esse tamanho, porque quer ter uma visão mais macro de todas as classes de ativos do setor imobiliário”, diz.
Na visão de Vitor Martins, senior partner e head de crédito da VBI Real Estate, esse é um produto que vem para completar os Fundos Imobiliários.
“Há cinco anos, tínhamos 200 mil investidores em Fundos Imobiliários, hoje estamos com quase 2,6 milhões de investidores, sendo que na Bolsa tem cerca de 5 milhões”, ressalta, destacando a quantidade de investidores nos FIIs.
Martins lembra que é possível, muitas vezes, encontrar oportunidades melhores de investimentos com o Multiestratégia, diferentemente da Bolsa, onde às vezes produtos interessantes logo ficam indisponíveis.
“O fato é que você acaba tendo um universo mais amplo para trabalhar e encontrar as melhores oportunidades de investimento. Isso do ponto de vista do portfólio acaba sendo uma categoria de ativo interessante para acrescentar na carteira, seja para trazer mais retorno ou balancear o portfólio”, comenta.
Vainstein aponta o principal ponto para se ter um Fundo Multiestratégia: “O Fundo Multiestratégia tem que ter a visão do que pode ser comprado que está fora do mercado de Fundos Imobiliários e que vai dar mais valor que um ativo de Fundos Imobiliários”, resume.
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A questão, ensinam os gestores, é sempre ter o foco na valorização do ativo, ou seja, quanto esse produto vai valer daqui alguns anos? O principal é buscar “comprar barato e vender caro”, ou seja, ter um custo de aquisição abaixo do potencial que pode alcançar no futuro. Isso vale tanto para um imóvel quanto para os fundos no portfólio. Segundo o sócio-fundador da Canuma Capital, saber escolher o ativo é saber fazer a melhor escolha.
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