Nos últimos meses, a alta da Selic impactou diretamente o mercado de fundos imobiliários (FIIs), reduzindo o número de fundos que conseguem entregar retornos superiores à taxa básica de juros. Atualmente, apenas seis FIIs que pagam dividendos superam a Selic, que foi elevada recentemente para 14,25% ao ano.
Impacto da Selic no mercado de FIIs
A relação entre FIIs e a taxa de juros é direta: quanto maior a Selic, maior o rendimento das aplicações em renda fixa, o que torna os fundos imobiliários menos atrativos para alguns investidores.
No último ano, com a taxa em 10,50%, cerca de 70% dos FIIs ofereciam dividendos superiores ao CDI. Com a recente alta dos juros, esse número caiu drasticamente.
Fundos que ainda superam a Selic
Segundo um levantamento da EQI Research, os cinco FIIs que entregaram dividendos acima da Selic nos últimos 12 meses e que tem potencial para continuar entregando bons dividendos são:
- LIFE11, com DY de 18,4% nos últimos 12 meses, investindo em crédito imobiliário (CRIs);
- KORE11, com DY de 18,1% nos últimos 12 meses, investindo em escritórios;
- RZAK11, com DY de 16,8% nos últimos 12 meses, investindo em crédito imobiliário (CRIs);
- CACR11, com DY de 16,6% nos últimos 12 meses, investindo em crédito imobiliário (CRIs);
- MANA11, com DY de 14,9% nos últimos 12 meses, com portfólio híbrido (hedge fund).
Como escolher FIIs pagadores de dividendos?
Para investidores interessados em FIIs que pagam dividendos, é essencial avaliar não apenas o rendimento atual, mas também a consistência dos pagamentos e a qualidade dos ativos do fundo. Entre os principais fatores a serem analisados estão:
- Saúde financeira do fundo: Verificar a rentabilidade e sustentabilidade dos pagamentos.
- Cap rate: Indicador que mede a relação entre receita e valor patrimonial.
- Segmento e localização dos ativos: Fatores que influenciam a valorização e ocupação dos imóveis.
- Histórico da gestora: Importante para garantir estabilidade e boas decisões estratégicas.
- Liquidez do fundo: Facilita a negociação das cotas no mercado secundário.
Fundos de tijolo x fundos de papel
Os FIIs podem ser classificados em dois principais grupos: os de tijolo, que investem diretamente em imóveis físicos, e os de papel, que aplicam em títulos lastreados no setor imobiliário. Em um cenário de alta de juros, os fundos de papel tendem a se beneficiar mais, pois seus rendimentos geralmente são corrigidos por índices atrelados à inflação ou à própria Selic. Já os fundos de tijolo podem sofrer mais com esse ambiente, uma vez que a elevação dos juros pode reduzir o consumo e impactar a taxa de ocupação dos imóveis.
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